Folha de S. Paulo


Passeios de carruagem em NY ficarão restritos ao Central Park

A prefeitura de Nova York e a indústria de passeios de carruagens chegaram a um acordo para manter a atração, imortalizada em filmes e de especial predileção de muitos turistas.

Os populares veículos puxados por cavalos estavam ameaçados desde a posse do atual prefeito, Bill de Blasio, que, em janeiro de 2014, anunciou que o governo iria se desfazer das carruagens, alegando que a atividade era cruel com os animais.

O acordo firmado agora entra em vigor a partir de 1o de junho e será implementado de forma integral ao longo dos próximos três anos.

Entre as restrições estabelecidas, duas se destacam. A primeira: as carruagens só poderão circular dentro da área do Central Park, não mais nas ruas de Manhattan.

"Cavalos não pertencem a um ambiente urbano e congestionado, onde constantemente respiram fumaça de escapamento e se esquivam do tráfego perigoso", diz uma petição de um grupo ambientalista que pressionava a prefeitura para proibir os passeios –o documento recolheu mais de 30 mil assinaturas.

Outra restrição diz respeito ao número de licenças dos animais. Dos atuais 180 cavalos, restarão 110 até o final do ano –e 95 quando o acordo estiver plenamente em vigor.

Até 2018 também se prevê a construção de um estábulo dentro do Central Park; hoje, os animais são mantidos em estábulos privados fora do parque. O acordo também estabelece uma carga horária máxima de 9 horas diárias de circulação para cada carruagem.

Em sua coluna, o articulista do jornal "The New York Times" Jim Dwyer argumentou que a promessa do prefeito é desnecessária e que não há motivo para construir um estábulo utilizando dinheiro público se os cavalos já vivem em "estábulos limpos e regulamentados em prédios privados".

Para ele, a possibilidade de um estábulo novo, que ainda não tem um projeto ou passou pela jurisdição do Central Park, é remota.


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