A avenida Champs-Élysées, uma das maiores de Paris e entre as mais conhecidas do mundo, passará por uma série de reformas até 2025 –não para refazer o pavimento, mas para priorizar os pedestres.
O projeto foi antecipado pelo jornal francês "Le Parisien" na última sexta-feira (30).
Segundo a publicação, o Apur (sigla francesa para ateliê parisiense de urbanismo) deve apresentar, entre o final do dezembro e o início de janeiro do ano que vem, um relatório de grupos de trabalho convocados para pensar em renovações da via.
A bem-sucedida realização de um dia sem carro na cidade no final de setembro, ocasião em que a Champs-Elysées ficou tomada de gente, deve servir de base para os trabalhos.
"A balbúrdia de veículos deixa o ambiente da avenida irrespirável', afirmou, ao "Le Parisien", Jean-Noël Reinhardt, presidente do comitê de estudos, que lembra que as últimas grandes transformações na via foram feitas há mais de 20 anos.
Os projetos devem incluir mudanças em todo o 1,9 quilômetro da Champs-Elysées, do Arco do Triunfo à place de la Concorde, e incluir também alterações em vias próximas, como a paralela rue de Ponthieu.
"Três quartos das pessoas vêm à Champs-Elysées para passear, tomar uma bebida, ir ao cinema... Só 25% fazem compras", disse Reinhardt. Estima-se que a avenida receba 20 milhões de turistas por ano.
Segundo o "Le Parisien", os jardins entre a rotatória onde está o metrô Franklin Roosevelt e a place de la Concorde poderiam se transformar em um grande parque.
Os projetos também preveem a abertura de ciclovias, a padronização da arquitetura dos prédios e terraços, novos bares, galerias de arte e cinemas, e a instalação de bondes e trólebus –esta já está programada para se dar durante a COP 21, fórum do clima que será realizado em dezembro.