Folha de S. Paulo


Com Mickey e Pateta, cruzeiro da Disney aproveita 'calor' no Alasca

Um cruzeiro para o Alasca a bordo de um navio da Disney pode parecer uma combinação improvável. Mas, já que a empresa tem como uma de suas marcas a criação de mundos de fantasia (quanto mais distante da realidade cotidiana, melhor), até que pode fazer sentido.

O Alasca, pelo menos para quem reside confortavelmente entre os trópicos, é praticamente outro planeta. O Estado norte-americano combina história, montanhas, neve, geleiras e florestas, tudo no mesmo pacote.

E nem sempre é tão frio. No verão, as temperaturas do sul da região não chegam a ser grande problema, mesmo estando pertinho do círculo polar Ártico. Equivalem mais ou menos ao inverno de São Paulo (entre 5ºC e 15ºC).

É nesse período mais quente para os padrões locais, entre maio e setembro, que o Disney Wonder –um dos quatro navios da empresa– contorna a costa do Estado em viagens de sete noites (as reservas para 2016 estão abertas).

A partida é em Vancouver, no Canadá (o que exige dois vistos, o americano e o canadense), e passa pelo fiorde do Tracy Arm, antes de aportar em Skagway, Juneau e Ketchikan, no sul do Alasca.

Prepare-se para ver paisagens lindas durante a viagem, que combinam icebergs, geleiras, floresta e vida selvagem (focas, águias e baleias são as "figurinhas" mais fáceis).

A experiência de bordo nada deve aos cruzeiros convencionais. Por exemplo: há três restaurantes no pacote (e um de alta cozinha, que exige reserva prévia). Até aí, sem novidade. O curioso é que os mesmos atendentes acompanham o turista na peregrinação a cada um dos estabelecimentos.

Além de criar um senso de familiaridade (esteja preparado para ser tratado pelo nome pela camareira), a estratégia funciona bem com crianças.

E O MICKEY?

Para os pequenos, há ambientes específicos, com monitores, e uma programação que inclui momentos em que a família brinca junta. E, é claro, em um navio da Disney, você sempre corre o risco de dobrar um corredor e dar de cara com o Pateta.

O Wonder foi projetado para não tornar os elementos ligados à companhia muito opressivos, mas, se você prestar atenção, verá, por exemplo, que as grades em torno do átrio central remetem ao Mickey Mouse.

"Esses detalhes foram projetados para serem vistos só se você estiver procurando por eles", diz Jonathan Frontado, gerente de relações públicas da Disney Cruise Line.

O equilíbrio também é buscado na programação, que combina desde shows inspirados em filmes da Disney até apresentações de mágicos, ventríloquos e comediantes que passam longe do Mickey.

É inegável, contudo, que a experiência é enriquecida se o hóspede nutre simpatia por desenhos animados. Para eles, basta passear pelos corredores com artes penduradas nas paredes –a exemplo de rascunhos de animações e quadros feitos por artistas da empresa.

E a tendência é que a próxima temporada se torne mais atrativa para os fãs, com a inclusão de atrações inspiradas nos heróis da Marvel e na saga "Star Wars", duas aquisições recentes da companhia.

O jornalista viajou a convite da Disney Cruise Line


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