Folha de S. Paulo


Roteiro em monomotor mostra paisagem mais autêntica do Alasca

Rodolfo Lucena
Fotos produzidas em viagem ao Alasca pelo jornalista Rodolfo Lucena. Foto: Rodolfo Lucena ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Vista durante passeio em monotor no Alasca

Quando o piloto aciona o motor e o minúsculo Cessna 185 com espaço para quatro passageiros treme inteiro, todos se agarram com força nas bordas das poltronas. Chacoalhando como uma batedeira, o aviãozinho acelera e, zum!, está no ar.

O público no Alasca, ensina o piloto travestido de guia turístico, é o mais voador dos estados norte-americanos. A muitas áreas rurais só se chega por via aérea; a própria capital do Estado, Juneau, não oferece acesso rodoviário.

O objetivo do tour aéreo é dar aos visitantes visões do monte McKinley, mais alta montanha da América. É preciso ter sorte, porém: apesar de o pico da montanha estar a 6.168 m acima do nível do mar, nem sempre é visível por causa das nuvens ou da bruma no horizonte. O que não diminui a emoção da viagem.

Depois de quilômetros sem fim de pradarias e rios, com uma casinha isolada aqui ou acolá, finalmente se tem uma vista do "verdadeiro" Alasca: montanhas de neve sem fim, escarpas de rocha geladas, poças de água de um azul até então inimaginável.

Com pouco mais de uma hora de voo, chega-se ao parque Denali. O avião fica ainda mais diminuto perto dos cumes nevados e pousa-se em plena neve, em uma das geleiras do parque.

Na volta, mais rápida e tranquila, os viajantes conseguem apreciar grupos de alces nas pradarias –há ursos também, diz o piloto. A viagem de três horas, que custou US$ 495 (R$ 1.877), valeu cada centavo.


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