Folha de S. Paulo


'Experiência' de viagem barata inclui trabalho e exclui hotéis

Para quem está acostumado a viajar com dinheiro contado, abandonar esse barco e bancar uma viagem do chamado turismo de experiência pode parecer algo proibitivo.

Esses pacotes geralmente são customizados ou envolvem atividades com menos participantes –e podem ficar, de fato, mais caros do que os tradicionais.

Mas há formas de buscar uma imersão em tradições locais sem gastar muito.

Fernando de Noronha (PE), destino conhecido por preços altos, é um dos bons exemplos disso no Brasil.

Nas vilas do arquipélago, pousadas charmosas e bem estruturadas dividem espaço com as casas de moradores, que, ainda que de forma um pouco improvisada, abrem as portas para turistas.

São locais com menos luxo, é verdade, e talvez até menos conforto. Mas eles permitem viver um pouco como um ilhéu de Noronha –por muito menos dinheiro.

Em maio, uma diária na pousada Triboju, na vila de Floresta Nova, custa a partir de R$ 1.187. Na pousada familiar da Carmô, na mesma região da ilha, o valor fica em cerca de R$ 280.

Guardadas as devidas proporções, seria como ficar nos "ashrams", populares na Índia, em regiões como Rishikesh –nos quais, por vezes, nem são cobradas diárias para quem topa se hospedar ao lado de monges e viver uma rotina de retiro espiritual.

Sites e aplicativos também ajudam a mergulhar em outras culturas gastando pouco –e de um jeito mais informal.

O Wwoof (wwoof.net) promove a troca de hospedagem e três refeições diárias por trabalho em fazendas orgânicas de mais de 60 países.

No Worldpackers (worldpackers.com), voltado para jovens, é possível encontrar postos temporários em albergues ao redor do mundo.


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