Folha de S. Paulo


África do Sul se assemelha ao Brasil com trânsito, favelas e shoppings

Em sua autobiografia, Nelson Mandela relata que se sentiu pela primeira vez na "África real" em uma viagem a Botsuana. De carro, em uma estrada, viu um leão andando no meio dos arbustos. Sentiu que estava "longe das ruas de Johannesburgo".

O trânsito da maior cidade sul-africana, de fato, está longe de qualquer estereótipo de África. Para o visitante brasileiro, aliás, é bem mais fácil se sentir em casa do que em um safári, principalmente pelas contradições do cenário.

Impressiona, por exemplo, a presença maciça de BMWs. De produção local, são símbolo de status e piada entre os locais: o que significa BMW? "Black Man's Wish" (desejo do homem negro). Ou "Be My Wife" (seja minha mulher).

Contrastam com as vans, que é transporte regular na África do Sul e transitam em número bem maior que os ônibus, de fabricação brasileira.

Favelas com grandes postes de luz, torres de celulares e propagandas do governo remetem ao universo de economia emergente, assim como shoppings, condomínios, cercas e câmeras de segurança.

Para o visitante, ainda há vantagens como bons aeroportos e uma malha rodoviária de dar inveja.

Mas não é preciso sair do sul do continente para encontrar a "África real". Dos parques e safáris a jantares com tambores e carne de antílope, não faltam opções.


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