Folha de S. Paulo


Minicruzeiro na Amazônia inclui seis passeios e atividades das 6h à 1h; veja

Do final da tarde de uma sexta-feira à manhã de segunda, uma cabine do Iberostar Grand Amazon serviu de base para a reportagem da Folha, que embarcou em um minicruzeiro pelo rio Solimões, partindo de Manaus.

Mesmo com programação curta –poucas horas a mais que um fim de semana–, os dias eram agitados para os 45 passageiros (a maioria na faixa dos 50 anos). Incluíram seis passeios de lancha, atividades de lazer no navio, fartas refeições e uma balada (ainda que com pista quase vazia) na noite de domingo.

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Em um esquema familiar a quem frequenta resorts, os guias eram figuras onipresentes: o mesmo que comandou uma caminhada pela mata explicando propriedades medicinais das plantas amazônicas estava, horas depois, cantando e tocando violão ao lado dos colegas para animar a hora dos aperitivos na piscina –o eclético repertório variou de forró a "La Bamba".

BINGO E PREGUIÇAS

Os dias no navio começavam cedo. O primeiro passeio partiu às 8h no sábado e às 5h45 no domingo –este, para ver o nascer do sol no meio do Solimões, iniciativa que não obteve sucesso por causa da forte neblina.

Os turistas com mais pique podiam terminar o dia tarde também. No sábado, uma ronda de lancha para avistar jacarés acabou perto das 23h, e a noite de domingo foi ainda mais extensa.

Incluiu um jantar de gala, com a presença do capitão e pratos com lagosta, e a apresentação de um grupo de danças típicas brasileiras seguida da de um DJ (na verdade, outro dos guias), até a 1h.

Mesmo assim, antes das 6h de segunda-feira a maior parte dos passageiros estava no deque superior para ver o encontro das águas –quando, próximo ao porto de Manaus, o barrento rio Solimões se mistura ao escuro rio Negro para formar o Amazonas.

Os passeios, que proporcionavam certa imersão na vida da floresta, ajudavam a desanuviar o clima de resort do cruzeiro –que teve direito até a bingo com caipirinha antes do almoço de sábado.

As lanchas levaram os turistas para pescar piranhas (e devolvê-las ao rio), visitar a casa de um ribeirinho para conhecer, bem rapidamente, seu estilo de vida, e fazer compras em uma pitoresca loja de artesanato no meio do rio.

No caminho, em meio aos igarapés, era hora de ficar em silêncio para avistar bichos –preguiças, iguanas, jacarés e botos deram as caras– e árvores típicas da região como a frondosa sumaúma.

Outro elemento clássico da região também apareceu, para azar dos cruzeiristas: uma repentina tempestade amazônica surpreendeu um dos passeios. Era hora de voltar para o navio e jogar baralho.

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