Folha de S. Paulo


Restaurantes e vinícolas de São Roque recebem turistas no fim de semana

Dirige um pouquinho, uma adega. Para um pouquinho. Dirige um pouquinho, uma vinícola. Para um pouquinho. Dirige mais um pouquinho, um restaurante. Para mais um pouquinho.

Assim é a estrada do Vinho, em São Roque, a 66 km de São Paulo. Ao longo de 18 km de via asfaltada, há 11 vinícolas e adegas e sete restaurantes, além de pousadas e fazendas abertas à visitação.

A estrada existe há 20 anos, mas só em 2000, vendo o fluxo de turistas, que os sitiantes começaram a se organizar. Criaram o Roteiro do Vinho, que engloba também atrações na rodovia Quintino de Lima.

A vinícola Góes, de 1938, foi uma das pioneiras ao oferecer tour guiado pela fábrica onde são produzidos 9 milhões de litros de vinho por ano.

Fernando Mola/Editoria de Arte/Folhapress
Bate-volta São Roque
Bate-volta São Roque

O passeio começa com um vídeo sobre a história do local, antiga vinícola familiar. Logo vem a dúvida: se São Roque é a "terra do vinho", onde estão as plantações (quase não se vê videira na estrada)? "Com a valorização imobiliária, os sitiantes foram para mais longe", explica o guia, Jailson da Silva. "A Góes voltou a plantar por aqui há dois anos", continua. E é nesta plantação que turistas participam da vindima, em janeiro e fevereiro.

Depois do vídeo, o visitante passeia pela fábrica e acaba com uma degustação.

Como São Roque é também a "terra da alcachofra", esqueça as calorias. Voltando ao centro da cidade, a próxima vinícola é a Canguera. Aí, uma das principais atrações é o pastel de alcachofra. A porção, preparada por Carla Martineli, chef e dona do restaurante do local, serve duas ou três pessoas (R$ 43,90) e traz deliciosas trouxinhas que embalam a alcachofra.

A loja Alcachofras Bonsucesso, comandada por Ana Lidia Ortmann e o marido, José, também se dedica ao ingrediente. Com ele, Ana Lidia prepara conservas, esfihas e outros produtos, ao lado de três funcionários. O patê,
cuja receita levou dois anos -e muitas tentativas de Ana Lidia- para ficar pronta, também está entre os itens mais vendidos.

Quem visita o local compra pelo " preço original", mais barato que nas lojinhas de vinícolas. A alcachofra em conserva sai por R$ 25 (ante R$ 35 na Góes, por exemplo).

A visita a São Roque já vale pelos comes e bebes, mas outro chamariz da cidade é o Ski Mountain Park.

À primeira vista, a chegada decepciona, porque logo o visitante fica sabendo que a pista de 400 metros só reabrirá em 2015 e a de cem metros parece bobinha. Mas, uma vez nela, descobre-se que, sim, é possível sentir adrenalina ali (R$ 30 por meia hora).

Após calçar a bota do esqui ou prender os pés na prancha do snowboard, há um miniaula. Quem vai esquiar aprende que, para frear, é preciso encostar os esquis à frente. No "snow", a dica é levantar os pés e raspar as mãos, protegidas por luvas, no chão.

Como teria que ser, os tombos são frequentes -e, diferentemente da neve, fofinha, a pista é de plástico, duro.

Quem não encara o esqui no plástico também tem alternativas por lá. Tobogã de 250 metros (R$ 7) e arborismo (R$ 25) são algumas delas.

Luisa Alcantara e Silva/Folhapress
Pista de esqui artificial no Ski Mountain Park, em São Roque, no interior de São Paulo
Pista de esqui artificial no Ski Mountain Park, em São Roque, no interior de São Paulo

Endereço da página: