Folha de S. Paulo


Em Budapeste, turistas pagam para ficarem presos em jogos de fuga

Em um antigo prédio em ruínas em Budapeste, turistas pagam para serem trancados em uma sala e tentar escapar seguindo uma série de pistas misteriosas para encontrar a saída.

"Rabbit Hole", inspirado no romance inglês do século Inglês 19 "As aventuras de Alice no País das Maravilhas", é um dos cerca de 100 ou mais jogos de quartos de fuga que surgiram na capital húngara nos últimos três anos, tornando-se a principal atração para os visitantes.

Os jogos de fuga tiram proveito dos muitos porões decrépitos de Budapeste e velhas casas degradadas. Esses mesmos pontos serviram como locais para os populares "bares em ruínas" da cidade na última década.

Na semana passada, a Hungria realizou seu primeiro festival nacional de jogos de fuga, com centenas de equipes, húngaros e estrangeiros, entrando em dezenas de quartos de fuga em todo o país.
"Estamos presos na rotina diária mas, neste jogo, podemos ser levados a um mundo diferente, onde os problemas desaparecem", disse Adam Pattantyus, que organizou o festival e comanda jogos chamados Sweet Escape.

No TripAdvisor, dois jogos de quartos de fuga, TRAP e Claustrophilia, estão classificados como a segunda e a terceira atrações mais populares entre os viajantes em Budapeste. TRAP também tem salas em outras cidades europeias.

Em uma das duas opções da TRAP em Budapeste, os turistas podem fazer uma viagem no tempo de volta para o Egito antigo num porão que parece uma câmara de sepultamento, ou à Idade Média em salas que lembram o interior de um castelo medieval.

Os jogos custam cerca de 12.000 florintes (R$ 115) por equipe.

Istvan Karacsony, gerente da TRAP, disse que assistentes observam os jogadores por meio de um circuito fechado de televisão e lhes dão dicas se eles parecem travados em um ponto do jogo.

Nekme, 19, é uma estudante que viajou da Grã-Bretanha para ficar presa na Idade Média. "O jogo testou nossos limites e nos levou a trabalhar juntos. Ele testou pontos fortes e fracos de cada um", disse ela.


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