Dezembro deve ser um marco na consolidação de Miami como um polo de mercado e exposição de arte moderna e contemporânea.
O principal motivo é a inauguração, na próxima terça-feira (para convidados), do museu Pamm (Pérez Art Museum Miami), que espera receber cerca de 190 mil visitantes por ano.
O prédio do museu tem 200 mil metros quadrados, área semelhante à do Metropolitan, em Nova York.
O projeto é do escritório de arquitetura suíço Herzog & de Meuron, o mesmo responsável pela Tate Modern de Londres e pelo Estádio Nacional de Pequim (aquele apelidado na Olimpíada de 2008 de Ninho de Pássaro). As obras foram iniciadas em 2011 e custaram US$ 220 milhões.
Em uma visita ao canteiro de obras -a reportagem esteve no local no final de setembro-, a impressão é a de que a estrutura ampla, decorada com jardins suspensos, vai criar uma espécie de oásis no meio da abafada Miami, da qual só sobrarão as paisagens, emolduradas por imensas janelas.
Para a abertura, haverá uma retrospectiva das últimas duas décadas do artista plástico chinês Ai Weiwei, além da coleção permanente, da qual constam 1.300 peças, na maioria de artistas das Américas. Serão oferecidos tours gratuitos aos visitantes.
No ano que vem, o museu abrigará, a partir de setembro, mostra da carioca Beatriz Milhazes.
O Pamm vai "roubar" o título de melhor museu de arte de Miami do Bass Museum of Art que, apesar de pequeno, traz mostras temporárias e instalações bacanas, além de manter uma seção dedicada à arte egípcia que inclui uma múmia.
Criada em 1963, a instituição ainda traz obras dos pintores italiano Sandro Botticelli e do flamengo Peter Paul Rubens em sua coleção permanente.
Outro museu de Miami que vale a visita é o Wolfsonian-FIU, ligado à Universidade Internacional da Flórida. Ele expõe diversos objetos -a coleção permanente possui cerca de 150 mil peças- de uso cotidiano criados entre 1885 e 1945 que pretendem demonstrar o poder persuasivo da arte e do design.
Entre os destaques, há uma chaleira chinesa do início do século passado, pôsteres da Segunda Guerra Mundial e uma mesa art déco.
Miami também conta com o seu Moca (Museu de Arte Contemporânea), projetado por Charles Gwathmey, arquiteto responsável pela renovação do Guggenheim, em Nova York. Aberto ao público em 1996, abrigará, no mês que vem, uma exposição da britânica Tracey Emin, famosa pelas obras com neón.
SEMANA CHEIA
E se na próxima terça será aberto o Pamm, outro evento movimentará a cidade na mesma semana.
Na quinta-feira, mesmo dia em que o museu abre ao público, começa a Art Basel Miami Beach, considerada a feira mais importante do mundo para o mercado latino-americano.
Filial da versão suíça, realizada em Basileia, o evento movimenta galerias do mundo todo -ao menos 14 brasileiras devem participar- e deve atrair mais de 50 mil visitantes ao bairro Wynwood, onde é realizada (leia mais sobre o bairro nesta página).
ONDE VER
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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PÉREZ ART MUSEUM
Endereço 1.103 Biscayne Boulevard
Horário ter. a dom., das 10h às 18h; qui., das XXh às 21h (abre ao público no dia 4)
Site pamm.org
Quanto US$ 12 (R$ 27,60); gratuito para crianças até seis anos
BASS MUSEUM OF ART
Endereço 2.100 Collins Avenue
Horário qua. a dom., das 10h às 17h
Site basssmuseum.org
Quanto US$ 8 (R$ 18,40); gratuito para crianças de até seis anos
WOLFSONIAN-FIU
Endereço 1.001 Washington Avenue
Horário qui. a ter., das 12h às 18h; sex., das 12h às 21h
Site wolfsonian.org
Quanto US$ 7 (R$ 16,10); gratuito para crianças de até seis anos
MOCA
Endereço 770 Northeast 125th Street
Horário de ter. e qui. a sáb., das 11h às 17h; qua., das 13h às 21h; dom., das 12h às 17h
Site mocanomi.org
Quanto US$ 5 (R$ 11,50); gratuito para jovens de até 12 anos
ART BASEL MIAMI BEACH
Endereço 1.901 Convention Center Drive (Miami Beach Convention Center)
Horário de 5 a 7.dez., das 12h às 20h; 8.dez., das 12h às 18h
A repórter GABRIELA MANZINI viajou a convite do distrito de Bal Harbour