Folha de S. Paulo


Acesso público e rápido de aeroporto a centro da cidade é escasso na América do Sul

Vans compartilhadas que fazem serviço porta a porta, ônibus executivos, trens expressos, metrô, ônibus de linha. Existem alternativas ao táxi que cabem em diferentes os orçamentos e têm níveis de conforto desejados. Mas, se são abundantes em algumas das maiores cidades turísticas do mundo, mínguam em outras.

As diferenças entre opções de transporte aeroporto-centro nas metrópoles europeias e nas capitais sul-americanas mais visitadas por brasileiros, por exemplo, são imensas.

A maioria das primeiras tem sistema público de trens completamente integrado a seus aeroportos mais movimentados. Isso porque, para oferecer conforto e rapidez aos viajantes, além do preço econômico, muitos governos investiram também em trens, cujo percurso até o centro leva menos tempo que uma corrida de táxi.

Heathrow, em Londres, é um exemplo de eficiência. Oferece nada menos que três opções de viagem sobre trilhos a partir de seus terminais -cada uma com seu preço, tempo de percurso e nível de conforto. Nenhuma das três demora mais para chegar ao centro do que o táxi.

Fora da Europa, turistas têm acesso a trens velozes em grandes metrópoles que integram a lista das mais visitadas por brasileiros, como Nova York e Pequim, e também em destinos turísticos populares como Miami.

Em Nova York, o turista pode chegar do aeroporto John F. Kennedy a Manhattan com o AirTrain JFK. Por US$ 7,50 (R$ 16,50), leva-se de 50 minutos a uma hora e quinze minutos para chegar ao destino. O mesmo trecho, de táxi, leva de 40 a 60 minutos, mas custa US$ 52 (R$ 114).

Richard Perry/The New York Times
AirTrain do JFK, que conecta ao metrô de Nova York
AirTrain do JFK, que conecta ao metrô de Nova York

E as alternativas eficazes existem mesmo em países mais pobres, como o México.

A capital, que tem um dos sistemas de metrô mais extensos do mundo, devidamente interligado a seu maior aeroporto, oferece uma segunda opção para levar os passageiros ao centro: ônibus de trânsito rápido. Eles circulam em linhas exclusivas e fogem dos congestionamentos da cidade.

SÓ COM TRÂNSITO

Já na América do Sul, a realidade dos viajantes é bem diferente. Pelo menos cinco de suas principais capitais são servidas por aeroportos que ficam a mais de dez quilômetros de distância do centro -e nenhum metro de trilho que leve até lá.

Quem chega a Buenos Aires, na Argentina, via aeroporto Ezeiza, a 35 quilômetros do centro da capital portenha, não tem uma única alternativa para fugir do trânsito.

O mesmo acontece em São Paulo. Seu principal aeroporto internacional, a cerca de 30 quilômetros da região central, só pode ser acessado por carro, táxi, ônibus executivo e ônibus de linha. Esse último demora, em média, 40 minutos para se conectar a uma estação de metrô, quando não há engarrafamentos.

O levantamento que compara opções de transporte nos destinos turísticos mais procurados por brasileiros mostra que, em alguns deles, o táxi pode ser a opção mais vantajosa para acessar o centro.

Isso acontece até em metrópoles da zona do euro.

Em outras, como as sul-americanas Bogotá e Assunção, pagar a um taxista credenciado é a única forma rápida de chegar ao hotel.

Leve em conta também que muitos hotéis oferecem shuttle gratuito do e para o aeroporto a seus hóspedes e que pacotes fechados com agências podem incluir os transfers aeroporto-hotel-aeroporto.

Editoria de Arte
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