Folha de S. Paulo


Simulação de canto de ave deve ser feita com bom senso

O uso de gravadores imitando o canto dos passarinhos é polêmico.

"Tem que haver bom senso", diz o ornitólogo Dante Buzzetti, que tem um livro sobre o assunto ("Berços da Vida - Ninhos de Aves Brasileiras", editora Terceiro Nome). "Há fotógrafos que ficam meia hora com o playback, isso não pode."

E por que não pode? Porque o canto "simulado" atrapalha a vida dos passarinhos. "A ave pode, por exemplo, parar de alimentar seu filhote para proteger o território achando que há um outro passarinho invadindo", diz Dante.

Os guias também devem usar o recurso com cautela. Alguns, afirma Dante, abusam do playback para deixar o turista satisfeito.

Em parques nacionais, o uso do recurso é proibido desde 2005, quando foi feito o plano de manejo das unidades de conservação.

"A atividade de 'birdwatching' é bem-vinda, queremos que turistas entrem em contato com os pássaros", afirma Paola Ribeiro, analista ambiental do parque nacional da serra da Canastra. "Mas precisamos evitar o impacto na fauna. Então, guias, sem playback."

Apenas pesquisadores podem usar o gravador, com autorização.

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Veja com quem fazer "birdwatching" em Ubatuba

Fábio de Souza
R$ 150 o passeio de uma dia
tel. 0/xx/12/99636-5436; fabio.aves@hotmail.com

Rafael Fortes
Preço não informado
fortestripes@gmail.com

Itamambuca Eco Resort
O hotel promove saídas para turistas que não estão hospedados por R$ 20 p (para os hóspedes, o passeio está incluso no valor do pacote)
itamambuca.com.br

Associação Promata
A entidade pode auxiliar turistas informando contatos de outros guias e mais informações
tel. o/xx/12/99632-6877; facebook.com/a.promata; promataubatuba@gmail.com


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