Folha de S. Paulo


Margem do rio de Portland tem calçadão e restaurantes

Com 376 km² de área (São Paulo possui 1.523 km²), Portland pode ser conhecida a pé. E mesmo o turista mais acostumado a andar de carro não pode deixar de fazer uma caminhada até a beira do rio Willamette, que divide a cidade entre leste e oeste.

Na margem leste, há uma uma pista de asfalto para caminhada e bicicletas, com algumas esculturas. Se ficar pouco tempo na cidade, visite apenas o lado oeste.

É lá que está a região mais movimentada de Portland. Há um parque com múltipla personalidade: no extremo sul, reúne bares, restaurantes e lojinhas; ao longo do rio, em direção ao norte, gramados, praças comemorativas --como a que homenageia a amizade com o Japão-- e, principalmente, gostosas alamedas em que trafegam ciclistas, skatistas, corredores e caminhantes.

Nos fins de semana, a ponta norte do parque recebe o Saturday Market, uma bagunça organizada, cheirosa e plena de sons. Artistas locais expõem suas obras, há artesanato dos mais diversos tipos, músicos que se revezam no palco principal da feira e, claro, comidas do mundo todo.

Aliás, gastronomia é algo a que a cidade se dedica com afinco. Há restaurantes sofisticados e caros, mas a turma da cidade --assim como os turistas-- não deixa de fazer uma boquinha nos vários carrinhos de comida espalhados pelas ruas da cidade.

O principal ponto de encontro para boa comida é a Pioneer Courthouse Square, no coração de Portland. Lá, após se fartar em uma das barraquinhas, o pessoal aproveita o sol e shows gratuitos --o local recebe cerca de 300 eventos por ano.

PORNLAND

A noite local é bem movimentada. Talvez esportistas mais dedicados prefiram o descanso, mas reza a lenda que a cidade é a capital do karaokê e a meca dos clubes de "striptease".

É devido à quantidade destas casas, protegidas por leis que defendem a livre manifestação, que a cidade ostenta ainda outro apelido: Pornland, terra do pornô.

Mas nem tudo é róseo na cidade das rosas. A pobreza é aparente: mendigos pedem dinheiro nas ruas centrais, e há concentrações de sem-teto em frente à prefeitura e em um terreno baldio na entrada de Chinatown.

E a pacífica convivência entre ciclistas e motoristas não deixa de registrar choques, como denuncia uma bicicleta pintada de branco deixada em uma esquina central, em memória a uma vítima do trânsito.


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