Folha de S. Paulo


Tour pelo centro de Varsóvia passa por locais frequentados pela cientista Marie Curie

Ela era pobre e resolveu ser cientista em uma época em que a ciência era restrita a homens. Foi a primeira mulher a ganhar um Nobel. Mais ainda: ela ganhou dois Nobel em áreas distintas (química e física), feito único até hoje.

Por essas e por outras, a química Marie Sklodowska-Curie é um dos principais nomes da história da Polônia.

Parte da sua trajetória enquanto viveu em Varsóvia, antes de se mudar para a França, pode ser conhecida em um tour a pé pela cidade.

O ponto de partida é o museu que leva o seu nome, instalado na casa da capital polonesa em que ela passou seu primeiro ano de vida.

Na coleção, é possível conhecer itens pessoais da cientista, incluindo roupas, fotos e peças de laboratório usadas por ela e por seu marido, o francês Pierre Curie.

Editoria de Arte/Folhapress

Foi com algumas dessas peças que a cientista conseguiu desvendar a radioatividade ao descobrir os elementos químicos polônio e rádio --o que lhe rendeu um Nobel em Química em 1911, sete anos após o Nobel em Física.

Na mesma rua do Museu Marie Curie fica a igreja de São Jacinto, onde ela recebeu a primeira comunhão.

É uma construção barroca bastante visitada.

Mais antiga (do século 15), e a 400 metros dali, está a igreja da Visitação da Virgem, onde Curie foi batizada.

Adulta, ela abandonou a religiosidade, mas sempre gostou de caminhar nas redondezas desta igreja a cada visita que fazia a Varsóvia.

TRAJETÓRIA ACADÊMICA

Também no centro da cidade, a pouco mais de um quilômetro da igreja da Visitação da Virgem, é possível conhecer a Biblioteca Central de Agricultura. Foi nos laboratórios, já desativados, da biblioteca que Curie começou a estudar elementos químicos e preparou parte do seu exame para o ingresso na Universidade Sorbonne, em Paris, onde obteve as licenciaturas em física (1893) e matemática (1894).

Esses estudos, mais tarde, levaram a cientista ao raio-X, que ela testou na Primeira Guerra Mundial rodando em ambulâncias para fazer exames em soldados feridos.

A filha adolescente Irène a ajudou na tarefa, virou cientista e levou um Nobel em Química, em 1935 -um ano após a morte de Marie.

Ainda no centro da capital está o Palácio de Jablonowski, onde, em 1925, ela recebeu o título de cidadã honorária da cidade. Atualmente, o prédio imponente abriga instituições financeiras da Polônia. Vale uma visita.

A cientista faleceu aos 67 anos devido à exposição excessiva à radiação. Foi enterrada na França junto ao seu marido, Pierre Curie.

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