Folha de S. Paulo


Buracos na pista de aeroporto geram preocupação para o turismo no Nepal

O Nepal solicitou às companhias aéreas estrangeiras para não pousarem aeronaves grandes e cheias de passageiros no aeroporto internacional do país, segundo comunicado da autoridade aeroportuária desta sexta-feira (23), depois de buracos terem sido detectados na pista. A alta temporada no país começa em setembro.

Mais de duas dúzias de companhias operam voos regulares a partir da Ásia e do Oriente Médio para o Nepal, que abriga oito das 14 montanhas mais altas do mundo, incluindo o monte Everest. Seis delas voam com grandes aeronaves até a capital, Katmandu.

Ratish Chandra Lal Suman, presidente da Autoridade de Aviação Civil nepalesa, disse que o órgão estatal emitiu um relatório pedindo a todas as empresas para substituir as aeronaves de dois corredores (e três fileiras de poltronas) pelas de um corredor (e duas fileiras), ou para reduzir o número de passageiros transportados por voo até que os buracos sejam tapados.

Não ficou claro quanto tempo levaria para eliminar os buracos, descobertos na semana passada.

A indústria de aviação disse que o pedido nepalês não é obrigatório, e que seria difícil de atendê-lo.

"Não é uma ordem forçosa", disse Saroj Kumar Kasaju, presidente da entidade de companhias que operam voos a Katmandu. Ele lembrou que as empresas já reservaram assentos a passageiros e emitiram bilhetes, já que o pico da temporada de turismo no país começa em setembro.

O turismo responde por 30% dos ganhos em moeda estrangeira no Nepal.

Katmandu está em um vale rodeado por montanhas. Seu aeroporto é conhecido por ter um pouco complicado, que requer um mergulho descente.

Um acidente em setembro passado, com uma aeronave com destino a Lukla, porta de entrada para o Everest, caindo logo após a decolagem em Katmandu, matou 19 pessoas e suscitou preocupações em relação à segurança aérea do país.


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