Folha de S. Paulo


'Masp' ampliado de Montréal tem Tintoretto e Rembrandt

Embora 60% da população de Montréal (que é de 1,7 milhão), no Québec, use majoritariamente o francês --apenas 20% preferem o inglês--, a cidade é mais norte-americana que "um pedaço da França na América do Norte", como é às vezes chamada.

Para começar, é um destino vantajoso para os brasileiros que querem fazer compras. Em ruas como a Prince Arthur, Saint-Denis e a Sainte-Cathérine, é possível encontrar lojas como GAP e H&M e Foot Locker.

É também um centro cultural, com 38 museus e uma sucessão de 96 eventos ou festivais anuais, como o de cinema, de jazz ou de dança.

Entre os museus, o mais interessante é o de Belas Artes.

Com entrada gratuita, é uma espécie de Masp ampliado, com uma curadoria inteligente que selecionou um pouco de cada período, da arte medieval ao começo do século 20.

Há telas de pintores como Tintoretto, Pieter Brueghel, Canaleto, Tiepolo, Goya, Rembrandt, Modigliani e Coubert e um quadro excepcional: "Velho Sábio em Seu Gabinete", de Jan Lievens, do barroco flamengo (século 17).

Divulgação
Quadro 'Velho Sábio em Seu Gabinete', de Lievens
Quadro 'Velho Sábio em Seu Gabinete', de Lievens

Do século 20 em diante, o Museu da Arte Contemporânea, também grátis, traz 7.000 trabalhos de cerca de 1.500 artistas.

Há uma ênfase na produção canadense e da cultura da Província do Québec.

A associação de diretores de museus de Montréal criou sete roteiros que passam por todas as instituições da cidade.

FIM DO DIA

À noite, vale conhecer o bairro dos Espetáculos (Quartier des Spétacles), onde estão teatros e salas de shows e de concertos, ou então o bairro Latino (Quartier Latin), com barzinhos e cervejarias, algumas delas com produção própria, como a Brasserie Artisanale L'Amère à Boire.

Vale passear por essas regiões durante a primavera e o outono --o verão é muito úmido, com a temperatura chegando a 30°C, e o inverno é muito frio, com o termômetro sempre no negativo.

Para quem gosta de música clássica, há a Sinfônica de Montréal, entregue desde 2006 à direção artística do maestro Kent Nagano.

Além de possuir a orquestra mais prestigiosa do país, Montréal se orgulha dos festivais. O Internacional de Jazz acabou de ocorrer, com 450 apresentações. Outro interessante é o Festival Internacional do Filme, que vai do dia 22 de agosto a 2 de setembro.

O jornalista viajou a convite da CTC (Comissão Canadense de Turismo)


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