Folha de S. Paulo


Jogador nunca tira a chuteira do pé totalmente, diz Muller, reserva na Copa de 94

Luís Antônio Corrêa da Costa, o Muller, jogou três Copas pela seleção brasileira. Em 86, no Mundial do México, e em 90, na Itália, foi titular no ataque, usando a mesma camisa 7 que o consagrou no São Paulo, onde era um dos "Menudos do Morumbi". Em 94, na Copa dos EUA, foi reserva na equipe que conquistou o tetracampeonato.

Momento inesquecível. O título, né? Isso é inesquecível para todos nós.

Momento para esquecer. As derrotas, os passes errados, os gols perdidos. Isso sim, eu esqueceria.

Concentração. Eu era companheiro de quarto do Cafu em 94, de quem eu também era companheiro de quarto no São Paulo. Na época, não tinha Playstation, Facebook... então a gente via televisão, lia jornal, não tinha muita coisa pra fazer, né?

Quem pode o ser o Muller de 2014? Como futebolista, o Lucas [jogador do atual campeão francês, o PSG]. Quando eu era molecote, tinha muita velocidade, e ele também tem.

O que faz hoje? Hoje sou comentarista de futebol no SporTV, estou feliz e espero dar continuidade ao meu trabalho. Bato uma bolinha às vezes, claro, jogador nunca tira a chuteira do pé totalmente. De vez em quando, tenho que matar a saudade.


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