Folha de S. Paulo


Capitão da seleção de 2002, Cafu diz que ainda "bate uma bolinha"

Jogador com maior número de partidas pela seleção brasileira, Cafu é também o único atleta que esteve presente em três finais de Copa do Mundo: em 1994, 1998 e 2002. Destas, foi campeão em 1994 e 2002, sendo que, na última, foi capitão e ergueu a taça.

Momento inesquecível. Em 1994, um momento inesquecível para mim, foi minha breve participação na final, quando substituí o Jorginho, que se contundiu. Lembro que passei a bola para o Romário, num cruzamento que foi rasteiro dentro da área, ele entrou de perna esquerda, mas bola acabou saindo.

Momento para esquecer. Um momento para esquecer de 94? Nós fomos campeões do mundo, acho que não tem nenhum momento para esquecer... Talvez os pênaltis, a tensão, mas nós acabamos ganhando também, né?

Luca Bruno/AP
Na Copa do Mundo de 2002, Cafu ergue o troféu após vencer final contra a Alemanha
Na Copa do Mundo de 2002, Cafu ergue o troféu após vencer final contra a Alemanha

Concentração. O André Cruz, que foi meu companheiro de quarto, foi meu maior parceiro durante todas as eliminatórias e toda a Copa. E o Paulo Sérgio, que jogou pouco também, junto com o Viola, era com quem eu mais falava, mais conversava. A gente estava sempre juntos, tínhamos um relacionamento mais íntimo um com o outro. E tudo que um fazia, fazia junto: quando tinha folga, saía, ia jantar, ia passear, conhecer a cidade, os pontos turísticos. Foram meus grandes companheiros.

Quem pode ser o Cafu de 2014? Talvez o Daniel Alves [hoje, jogando pelo Barcelona, na Espanha], que tem as mesmas características que eu tinha, mas com um pouco mais de habilidade.

O que faz hoje? Sou embaixador de cinco empresas, e tenho uma empresa de promoção de eventos. De vez em quando, bato uma bolinha.

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Este texto faz parte do especial "Brasil - Terra do Futebol", projeto final da 55ª turma do Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha, que tem patrocínio da Odebrecht, da Philip Morris e da Ambev


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