Folha de S. Paulo


Mais próximas dos consumidores, Coca-Cola e Omo são as mais lembradas

Milhares de e-mails e ligações fizeram a Unilever voltar atrás de uma decisão.

Quando deixou de fabricar o Omo Progress, há dois anos, a ideia era renovar o portfólio. Não deu certo.

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Editoria de Arte/Folhapress

A forte reação dos consumidores contra a retirada dos produtos das prateleiras fez com que a empresa relançasse o Omo Progress+ neste ano, com nova fórmula e embalagem.

A Coca-Cola também foi surpreendida em 2012. Uma consumidora de Porto Alegre (RS) decidiu fazer a festa de casamento com o tema da marca.

Pediu para a companhia cartazes para usar na decoração e disse que a música da campanha Razões para Acreditar, que inspira o otimismo, tinha tudo a ver com "o momento mágico" que vivia.

A força das marcas Coca-Cola e Omo, na visão das próprias empresas e de especialistas, está justamente nas ações para torná-las mais próximas dos consumidores.

Hoje, eles têm abertura para dar palpites sobre produtos e fazer reclamações, principalmente por meio das redes sociais.

A fórmula aparentemente simples deu certo: Omo e Coca-Cola lideram mais uma vez o ranking da pesquisa Folha Top of Mind.

Omo atingiu 7% de lembrança e Coca-Cola 5%. As duas estão tecnicamente empatadas.

Com ou sem empate técnico, Omo é líder desde 1993, ano da primeira edição do Top do Top. Coca-Cola dividiu a vitória com Omo em quase todos os anos. Já a Nestlé esteve na lista das campeãs em cinco edições dos anos 2000. Neste ano, aparece com 3% de citação, junto com a Nike.

"A força de ambas tem a ver o envolvimento no mercado local. O Natal origina campanhas mundiais da Coca-Cola, mas ela investe também em ações voltadas ao futebol, esporte associado ao Brasil", diz Eduardo Tomiya, diretor-geral da Brand-Analytics, consultoria especializada em gerenciamento de marcas.

No caso de Omo, ele cita a ação na favela Heliópolis, em São Paulo, onde uma lavanderia comunitária foi instalada em 2004.

A Coca-Cola, criada em 1886 nos Estados Unidos a partir de um xarope, chegou ao Brasil em 1942. Já Omo -sigla de "old mother owl" (velha mãe coruja, em inglês)- veio ao país em 1957.

Hoje detém 47,8% das vendas nacionais de sabão em pó.

Ilustração Fernando Volken Togni

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