Folha de S. Paulo


Na UE, Google é acusado de restrições abusivas na distribuição do Android

O Open Internet Project (OIP), cujos membros incluem a Axel Springer e o Getty Images, acusou o Google, controlado pela holding Alphabet, de impor restrições anticompetitivas aos fabricantes de smartphones do sistema operacional Android, registrando a sua segunda queixa contra a gigante norte-americana de tecnologia.

O grupo, que apresentou à Comissão Europeia a primeira reclamação contra o serviço comparativo de compras do Google cerca de três anos atrás, pediu, nesta terça-feira (7), à autoridade regulatória do bloco que tome medidas.

"O Google mais uma vez, em violação às regras antitruste da UE, abusou de sua posição dominante ao impor restrições a fabricantes de dispositivos Android e operadoras de telefonia móvel, visando preservar e fortalecer sua dominância em geral na área de buscas online", informou o OIP em comunicado.

O porta-voz da Comissão Europeia, Ricardo Cardoso, disse que a autoridade reguladora avaliará a queixa. O Google, por sua vez, afirmou que o Android contribui em vez de prejudicar a concorrência.

A ferramenta de buscas online mais popular do mundo está na mira da UE desde abril do ano passado, acusada de usar sua posição dominante no sistema operacional Android para pressionar os rivais.

Reguladores dizem que, entre as táticas, a empresa exige que as fabricantes pré-instalem o Google Search e o Google Chrome para terem acesso aos aplicativos do Google.

A companhia, que fatura bilhões com publicidade em telefones do tipo Android por meio de aplicativos como Mapas, Busca e Gmail, pode ter que desembolsar uma multa de até 10 por cento do resultado global, se culpada por violar as regras da UE.


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