Grandes companhias de tecnologia —incluindo Facebook, Google e Twitter— estão cobrando do Congresso dos Estados Unidos apoio para um plano em que o governo americano cederá o controle do sistema de supervisão da internet para a comunidade global.
O Departamento de Comércio dos EUA tem o papel de supervisão da gestão da internet, principalmente porque a rede mundial de computadores se desenvolveu no país.
Alguns parlamentares republicanos estão tentando bloquear a entrega do sistema para membros da comunidade global, algo que incluiria empresas, especialistas em tecnologia e defensores de interesses públicos. Segundo os parlamentares, a cobrança pode prejudicar a liberdade on-line ao dar direitos de votos a governos autoritários.
O plano de transferir a supervisão da internet da organização não lucrativa Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) está marcado para ocorrer em 1º de outubro a menos que o congresso dos EUA bloqueie a transferência.
Em uma carta datada de 13 de setembro, segundo cópia obtida pela Reuters antes de ser enviada, as empresas de tecnologia afirmam que é imperativo que o congresso dos EUA não atrase a transição.
"Uma internet global e estável é essencial para nossa segurança econômica e nacional e continuamos comprometidos em completar a transição de quase 20 anos para um modelo de múltiplos participantes que melhor servirá aos interesses dos EUA", afirmam as empresas na carta.
Outras empresas que assinam o documento incluem Amazon, Yahoo e várias organizações da área de tecnologia.
O senador Ted Cruz, do Texas, lidera a oposição à transferência. Ele vai realizar uma audiência no congresso na quarta-feira para rever a transição, criticada por ele como uma "entrega de nossa liberdade na internet".