Folha de S. Paulo


Facebook demite curadores de notícias e algoritmos 'enlouquecem', diz jornal

Karen Bleier/AFP
Facebook demite editores responsáveis pela curadoria de notícias populares sugeridas a usuários
Facebook demite editores responsáveis pela curadoria de notícias populares sugeridas a usuários

O Facebook decidiu demitir os curadores responsáveis por uma seção de notícias populares sugeridas a usuários e deixar que os algoritmos fizessem esse trabalho, em uma opção que tem se provado controversa até o momento, de acordo com o jornal "The Guardian".

A seção não está disponível no Brasil.

Na sexta-feira (26), a empresa anunciou que eliminou as vagas de seu módulo de "trendings", a área de sua divisão de notícias em que funcionários faziam a curadoria da divisão de notícias populares para usuários da rede social.

No fim de semana, o agora automatizado trending topics do Facebook sugeriu uma falsa história sobre Megyn Kelly, apresentadora da Fox News, uma reportagem polêmica sobre um ataque de um comediante à conservadora Ann Coulter e também links a um artigo sobre um vídeo de um homem se masturbando com um sanduíche do McDonald's.

Em um post, o Facebook defendeu a decisão e disse que, ao retirar pessoas de seu módulo de notícias, poderia operar em escala maior.

"Nosso objetivo é dar acesso ao trending para o maior número de pessoas possível, o que seria difícil se nós dependêssemos apenas em tópicos resumidos manualmente", afirmou um representante da companhia em post anônimo. "Um processo mais dirigido por algoritmos daria escala ao trending para cobrir mais tópicos e torná-lo mais disponível a mais pessoas globalmente ao longo do tempo."

No final de semana, o trending de notícias do Facebook trazia reportagem com o seguinte título: "Fox News expõe a traidora Megyn Kelly e a demite por apoiar Hillary". Megyn continua trabalhando na emissora e não apoiou a candidata democrata à presidência dos Estados Unidos.

O Facebook removeu a reportagem, publicada por um site chamado "Ending the Fed" e ligado a uma página menos conhecida, "Conservative 101". Os antigos editores de notícias do Facebook apenas sugeriam reportagens de sites confiáveis.


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