Folha de S. Paulo


Apple lança iPhone menor e mais barato para emergentes

Marcio Jose Sanchez/Associated Press
Greg Joswiak, vice president of iOS, iPad and iPhone product marketing, announces the new iPhone SE at Apple headquarters Monday, March 21, 2016, in Cupertino, Calif. (AP Photo/Marcio Jose Sanchez) ORG XMIT: FX114
Greg Joswiak, vice-presidente para iOS, iPad e iPhone, apresenta o novo iPhone SE, com tela de 4 polegadas

A Apple revelou nesta segunda-feira (21) um iPhone menor e mais barato, que visa os mercados emergentes e possivelmente a China, maior comprador de smartphones no mundo, com a empresa de tecnologia buscando reverter uma queda nas vendas globais de seu produto mais importante.

O novo dispositivo, chamando iPhone SE, tem uma tela de 4 polegadas (equivalentes a 10 cm) e será vendido a partir de US$ 399. O aparelho é a segunda aposta da Apple para o competitivo mercado intermediário, após uma incursão mal-sucedida três anos atrás.

O valor é muito abaixo do valor inicial de US$ 649 para o principal modelo de iPhone atual sem um contrato com uma operadora, o que está fora do alcance de muitos. O novo telefone, com o alardeado chip A9, da Apple, dobra a velocidade da tentativa anterior da empresa para um iPhone de entrada, o 5s, lançando em 2013. O dispositivo também funciona com o Apple Pay e vem na popular cor ouro rosé.

Evolução do iPhone

O design mais compacto vem após a empresa expandir o tamanho das telas de seus iPhone 6 e iPhone 6 Plus para 5,5 polegadas. O movimento foi amplamente visto como uma tentativa de competir com a rival Samsung Electronics, com seus telefones Galaxy com telas grandes.

O novo modelo chega em um momento de estagnação das vendas de iPhones. Apesar de terem sido comprados um recorde de 74,8 milhões de celulares da Apple no último trimestre de 2015, a companhia já sinalizou que no atual trimestre os números ficaram abaixo dos últimos 61 milhões de iPhones vendidos entre e janeiro e março do ano passado.

Segundo analistas financeiros, o iPhone de 4 polegadas não deve ter a mesma demanda de sucesso de modelos com tela grande como os iPhone 6 e 6S, mas pode impulsionar as vendas gerais.

Por ser mais barato que outros celulares da Apple, o iPhone SE também pode ajudar a companhia a crescer nos mercados emergentes como a China. Segundo a Euromonitor, os preços altos são sempre citados como o principal motivo para as dificuldades da companhia norte-americana nos mercados de países emergentes. "Mesmo o iPhone 5C foi considerado muito caro para o consumidor médio", diz a empresa de pesquisa. O modelo 5C era propagandeado como o celular "barato" da companhia.

IPAD PRO

No evento para repórteres e analistas, a empresa também apresentou o novo modelo do iPad Pro, de 9,7 polegadas, menor que seu irmão mais velho.

A escolha de tamanho foi justificada por Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple: "Há duas razões para isso: as pessoas adoram os iPads de 9,7 polegadas. E a segunda razão: usuários de Windows. Há 600 milhões de pessoas usando PCs com mais de cinco anos de idade. Isso é triste. Essas pessoas poderão se beneficiar muito com um iPad Pro."

O modelo vem com a nova tecnologia TrueTone display, que ajusta a cor da tela à temperatura de cor do ambiente, dando mais precisão para os usuários. Ele vai custar a partir US$ 599, com 32 Gbytes. Já o de 128 Gbytes custará US$ 749. E haverá a primeira versão com 256 Gbytes, por US$ 899.

A Apple também apresentou a versão 9.3 do iOS, com recursos como o NightShift, que muda o a cor da luz do aparelho para não perturbar o sono do usuário, e uma proteção com impressão digital para proteger anotações. O update pode ser feito a partir desta segunda-feira (21).

A companhia anunciou ainda que vai baixar de US$ 349 para US$ 299 o preço do Apple Watch nos Estados Unidos –no Brasil, o produto custa a partir de R$ 2.899– e novas pulseiras de nylon para o acessório.

Tanto o novo iPhone quanto o novo iPad Pro ainda não têm preço e data de lançamento no Brasil.


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