Folha de S. Paulo


Aplicativo Lulu volta ao Brasil e quer concorrer com Tinder

O aplicativo Lulu, em que as mulheres podem avaliar os homens por notas e por hashtags criativas, voltou a estar disponível no Brasil nesta segunda-feira (20) gratuitamente. O app, para celulares com iOS e Android, havia sido retirado do ar no país no fim do ano passado por decisão judicial.

A maior reclamação era que o Lulu puxava os dados dos amigos do Facebook das usuárias sem que eles tivessem conhecimento ou dessem permissão. Na versão disponível, apenas homens que se cadastram no aplicativo são avaliados.

Eles também têm acesso às hashtags e à nota que receberam.

Reprodução
O apilicativo Lulu está de volta ao Brasil
O apilicativo Lulu está de volta ao Brasil

Outra atração na nova versão é um chat para que as usuárias possam puxar assunto com os homens nos quais estejam interessadas, transformando o Lulu em um app de relacionamento –só elas podem iniciar a conversa.

Cofundadora do Lulu, Alison Schwartz explicou à Folha que o objetivo é brigar com o Tinder pelo primeiro lugar entre as ferramentas de estilo de vida.

"A razão para o Lulu ter voltado é porque todo mundo está usando apps de relacionamento no Brasil, como o Tinder. Vivemos em um mundo em que todos estão se encontrando on-line. E o Lulu permite avaliações que antes estavam faltando", diz.

No Tinder, os usuários escolhem suas potenciais paqueras apenas pelas fotos.

"Quando você se coloca no Lulu, recebe 'feedback' sobre um monte de coisas. Talvez você seja legal, divertido e dedicado, mas não é tão gato. Então as respostas não vão ser apenas baseadas se você é gostoso ou não. É um novo mundo de avaliações", afirma Schwartz.

Lançado no país em novembro de 2013, o aplicativo chegou a ocupar o primeiro lugar da App Store brasileira. Segundo o Lulu, as mulheres usaram a ferramenta mais de 5 milhões de vezes, enquanto cerca de 500 mil homens se cadastraram.

No entanto, algumas pessoas entraram na justiça pedindo para não terem seus dados disponíveis na ferramenta. O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) abriu um inquérito civil público contra a Luluvise Incorporation, empresa responsável, alegando que o aplicativo ofendia a honra e a privacidade dos consumidores.


Endereço da página:

Links no texto: