Consumidores compraram menos celulares inteligentes pela primeira vez desde que os aparelhos entraram no mercado brasileiro no mês de abril, quando 4,86 milhões de unidades foram comercializadas, 1% a menos que no mesmo período do ano passado (4,9 milhões), segundo relatório publicado pela empresa de pesquisa IDC nesta quinta-feira (2).
Em maio, 3,89 milhões de aparelhos do tipo foram comprados, o que representa queda de 16% ante o mês correspondente em 2014 (quando foram vendidas 4,37 milhões de unidades).
Os dados não levam em consideração os chamados feature phones, celulares convencionais e com acesso limitado a serviços de internet e aplicativos –quando há.
No segmento dos telefones básicos, houve queda ainda mais brusca, de 84%: só 224 mil aparelhos, ante 1,42 milhão, foram comercializados.
A firma projeta uma queda de 12% no trimestre todo, que se encerrou nesta terça (30) –ainda não há números fechados sobre junho.
"Prevíamos um crescimento de pelo menos 5%, mas agora trabalhamos com volume negativo. Isso é reflexo do momento econômico do país", disse Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil, por meio de comunicado.
"Em 2014, quando o mercado de smartphones estava forte, houve um aumento de 56% frente ao segundo trimestre de 2013."
A alta do dólar –que aumentou preços– foi uma das maiores causas para o encolhimento do mercado.
A companhia também revisou para baixo a projeção para todo o ano, de 63,5 milhões para 54 milhões de smartphones (diminuição de 15%).
"Essa revisão está sendo um indicador de que realmente a economia no país não vive seu melhor momento", diz Munin.