Folha de S. Paulo


Celular perdido no mar de Ilhabela é achado após 142 dias e ainda funciona

Julio Fiadi
iPhone 5 é encontrado dentro de bolsa de proteção no fundo do mar; o telefone ficou 142 dias submerso
iPhone 5 é encontrado dentro de bolsa de proteção no fundo do mar; o telefone ficou 142 dias submerso

O fundo do mar guarda vários tesouros enterrados. Nesta segunda-feira (1º), foram encontrados destroços de um navio negreiro que naufragou no final do século 18. Duas semanas atrás, algo de menor porte também foi descoberto enterrado sob a areia do mar.

Tratava-se de um iPhone 5 guardado dentro de uma bolsa impermeável.

O paulista Julio Fiadi, 54, estava nadando entre as praias de Veloso e Curral, em Ilhabela (SP), quando viu uma fita preta a cerca de 5 metros de profundidade.

"Eu estava usando óculos de natação e a água estava especialmente limpa", contou ele.

Ao puxar a fita, o mergulhador descobriu uma sacola de proteção, que estava completamente enterrada na areia, com um iPhone 5 dentro.

A bolsa estava coberta de algas, mas o iPhone dentro encontrava-se seco e intacto.

"Como ele estava sequinho, tinha quase certeza de que ia funcionar", contou Fiadi, que conseguiu carregar o aparelho. Quando ligado, ele exibiu a última data desde que havia parado de funcionar: 31 de dezembro, totalizando 142 dias debaixo d'água.

Ao tirar o chip do telefone e colocá-lo no próprio celular, Fiadi conseguiu descobrir o número do telefone e ligar para o dono do iPhone perdido.

O paulista conta que atendeu uma menina, chamada Bárbara, de 13 anos. "Primeiro ela ficou desconfiada, achando que era algum trote ou golpe". A menina contou-lhe que havia perdido o celular nas férias de final de ano em Ilhabela quando fazia stand-up paddle.

O iPhone 5 já foi devolvido a sua dona original, segundo o nadador. Ele deixou o aparelho na empresa do irmão, em São Paulo, e o pai da jovem foi buscá-lo.

A história postada por ele em sua conta no Facebook teve quase 6.000 compartilhamentos. Circularam comentários que seria um viral pago pela Apple ou da resistente bolsinha protetora.

Sobre o assunto, Fiadi diz ter achado chato. "É a mesma coisa que me chamarem de mentiroso."

Ele diz não ter encontrado nenhuma identificação de fabricante ou da marca da bolsa.


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