Folha de S. Paulo


Google anuncia Maps off-line e promete sites mais rápidos no celular

Durante os anúncios que dizem respeito aos países emergentes, o Google apresentou nesta quinta-feira (28) uma versão de seu aplicativo de mapas que mantém as funções de busca e de navegação passo a passo enquanto o celular está off-line.

Apesar de não ter divulgado uma data específica, o aplicativo deve ser introduzido em conjunto com a próxima versão do sistema operacional para celulares da empresa, até agora referida como Android M e que, segundo o Google, será lançada no segundo semestre.

Hoje, usuários podem acessar conteúdo previamente baixado usando o Maps, mas não fazer consultas ou receber orientação como em um GPS automotivo. Em algumas regiões, o Google também permite disponibilizar toda uma área para visualização sem internet, mas essa capacidade, presente há anos em alguns países, não foi implementada até hoje no Brasil.

A empresa sugeriu que também deve expandir a capacidade de baixar vídeos do aplicativo do YouTube, o que é possível hoje na Índia, na Indonésia e nas Filipinas. Há um limite de dois dias para o armazenamento do conteúdo, muito provavelmente por questões contratuais com criadores de conteúdo, gravadoras, estúdios e anunciantes.

Justin Sullivan/AFP
Sundar Pichai, vice-presidente do Google, durante apresentação em evento em San Francisco
Sundar Pichai, vice-presidente do Google, durante apresentação em evento em San Francisco

Consultado, o Google confirmou que o Brasil estará entre os países que receberão os lançamentos.

CARREGAMENTO MAIS RÁPIDO

A companhia também expandiu para 13 o número de países com acesso à ferramenta do Chrome no celular que comprime sites para exibição mais rápida.

Junto com a capacidade de comprimir ou de ocultar conteúdo pesado demais para ser carregado quando sob uma conexão lenta, o sistema pode diminuir o tempo de carregamento para um quarto do original, segundo a companhia.

No anúncio, durante a conferência para desenvolvedores Google I/O, realizada nesta quinta (28) e nesta sexta (29) em San Francisco, a companhia disse que se esforçará para ser mais relevante nos emergentes, mercados com maior crescimento no número de smartphones.

Para isso, está tentando aumentar a qualidade dos smartphones baratos e diminuir o preço dos intermediários por meio do programa Android One, para o qual tem parceria com dez fabricantes de Índia, Indonésia e Turquia, que trabalham com o preço limite de US$ 100 (cerca de R$ 316) por dispositivo.

Só em Brasil, China, Índia, Indonésia, México e Rússia, 1,2 bilhão de celulares inteligentes serão vendidos nos próximos dois anos, disse a empresa.

O repórter YURI GONZAGA viajou a convite do Google


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