Folha de S. Paulo


Rede social fotográfica MassRoots quer ser o 'Instagram da maconha'

Divulgação
O aplicativo MassRoots, de compartilhamento de imagens relacionadas ao uso de maconha
O aplicativo MassRoots, de compartilhamento de imagens relacionadas ao uso de maconha

A MassRoots, rede social que permite e incentiva o compartilhamento de imagens relacionadas ao consumo de maconha nos Estados onde a droga é legalizada nos EUA, publicou na segunda-feira (11) ter chegado à marca de 325 mil usuários e novas metas de desenvolvimento que a tornarão o "Instagram da cannabis".

O aplicativo é focado nos moradores das 23 unidades federativas onde a venda do entorpecente para fins medicinais é legalizada, como a Califórnia e o Colorado (onde a empresa é sediada).

"Nosso objetivo atual é chegar ao maior número possível de consumidores e de negócios de cannabis", afirmou o presidente-executivo da start-up, Isaac Dietrich, em comunicado. A meta é chegar a 1 milhão de usuários no começo do ano que vem.

A empresa diz ter cerca de cem negociantes de maconha legal com os quais os usuários podem conversar na rede.

O Instagram escreve em seus termos de uso que não permite a apologia a drogas –apesar disso, a própria MassRoots é dona de uma popular conta no site. O Instagram, que pertence ao Facebook, diz ter 300 milhões de usuários.

A MassRoots disse também nesta semana que implementará nos seus aplicativos (para Android e iOS) funções de bate-papo, páginas específicas para empresas e o que chama de "descoberta", para que usuários encontrem outros e vendedores próximos.

A companhia realiza sexta (15) e neste sábado (16) um evento em Boulder, Colorado, para desenvolvedores apresentarem projetos que poderiam ser incorporados pela rede social.

Segundo o site CrunchBase, a empresa levantou até hoje US$ 1,5 milhão em quatro rodadas de investimento. Em abril, a empresa abriu seu capital nos EUA.

Para o articulista Andrew Tarantola, que escreveu sobre a rede no site Engadget, o que chama de massificação da maconha nos EUA está elevando a droga ao patamar de "idolatria" virtual em que estão café e cerveja.

"Isso inclui não só ficar obcecado pela origem, método de produção, sabor e preparação do produto em si, mas também pelos aparatos usados para o consumo", escreve.

Ele lamenta, contudo, o que chama de falta de talento fotográfico deixa as imagens compartilhadas na rede abaixo do esperado. E "estar chapado claramente não ajuda as coisas", diz.


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