Folha de S. Paulo


Realidade virtual está pronta para iniciar conquista das salas de estar

Tudo soava tão promissor. Qualquer um, em qualquer lugar, poderia colocar na sala de estar um capacete ou aparelho similar e assim experimentar eventos em qualquer lugar no mundo –ou até fora dele– como se realmente estivesse lá.

A tecnologia de realidade virtual há muito era vista como a "próxima grande coisa". Mas a verdadeira realidade sempre parecia atrapalhar.

Durante anos, o equipamento era pesado e caro. Mais recentemente, havia baixo investimento em software devido à falta de aparelhos prontos para consumidores.

Mas agora isso pode mudar. O Oculus, o negócio de realidade virtual comprado pelo Facebook por US$ 2 bilhões no ano passado, disse na semana passada que começará a vender uma versão do seu aparelho Rift no início de 2016, aumentando esperanças de que os investimentos em software de realidade virtual finalmente vão decolar.

Ole Spata/Efe
Jovens assistem a vídeo usando o aparelho Rift em feira na Alemanha
Jovens assistem a vídeo usando o aparelho Rift em feira na Alemanha

"Tenho esperado pela realidade virtual desde que era uma criança pequena, 30 anos atrás", disse Ben Schachter, analista da Macquarie Securities . "Nossa visão é de que as coisas estão radicalmente diferentes dessa vez."

Cerca de 2,7 milhões de aparelhos de realidade virtual, incluindo versões direcionadas para desenvolvedores de aplicativos e conteúdo, podem ser vendidos em 2015, segundo a consultoria de tecnologia KZero.

Com o lançamento de versões mais amigáveis para consumidores, as vendas totais de equipamentos de realidade virtual devem saltar para 39 milhões em 2018, ajudando as companhias de software a faturar US$ 4,6 bilhões –uma alta ante os US$ 129 milhões projetados para este ano.

A Sony e a taiwanesa HTC estão entre as grandes fabricantes de hardware que planejam lançar aparelhos para consumidores –a HTC até o fim deste ano, e a Sony no ano que vem.

A Oculus não revelou os preços para a versão para consumidores do Rift, mas o cofundador Nate Mitchell afirmou que o aparelho será "acessível", mas mais caro que o Gear VR, da Samsung, que custa cerca de US$ 200.


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