Folha de S. Paulo


Relojoarias miram modelos inteligentes

A Montblanc é a última relojoaria tradicional a entrar no mercado de relógios inteligentes, hoje dominado por Google, Samsung e Pebble.

Em janeiro, a empresa lançou a pulseira e-Strap, que é acoplada a um relógio analógico, transformando-o em um smartwatch com uma tela na parte debaixo do pulso que mostra alertas e notificações.

A tela de 22 mm sensível ao toque conecta-se a um iPhone ou Android via bluetooth e vibra quando recebe um alerta.

O acessório de €350 (R$ 1.133) não é a primeira incursão da Montblanc no mundo da tecnologia –ela já produz acessórios para o tablet Samsung Galaxy Note 4. Mas, somado a iniciativas semelhantes das rivais Swatch, Timex e Fossil, o lançamento mostra que esses aparelhos não são mais domínio exclusivo das empresas de tecnologia.

A razão do interesse pelos relógios conectados é clara: o potencial de mercado dos smartwatches é grande.

Empresas de tecnologia já estão disputando uma fatia desse mercado. Isso irritou as relojoarias tradicionais, que viram os modelos de seus relógios facilmente replicados de forma digital.

Omega, Armani e Michael Kors, entre outras, enviaram avisos de "cessar e proibir" para sites e desenvolvedores oferecendo modelos que consideraram violar seus direitos autorais.

Alguns fabricantes se aliaram às empresas de tecnologia Qualcomm e Intel. Outros –incluindo a Swatch, maior fabricante desse setor no mundo– seguem sozinhos, apoiando-se no conhecimento que já possuem na área.


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