Folha de S. Paulo


Receita do Google cresce, mas fica abaixo do esperado

As receitas do Google cresceram 15% no último trimestre de 2014, chegando a US$ 18,1 bilhões, um pouco abaixo do que o mercado estava esperando –analistas ouvidos pela Thomson Reuters tinham expectativa de receita de US$ 18,46 bilhões. O resultado confirma a tendência de desaceleração no crescimento dos ganhos da companhia.

Os sites que são de propriedade do Google (sem contar seus parceiros) geraram US$ 12,42 bilhões, um crescimento de 18% em relação aos últimos três meses de 2013 –no terceiro trimestre de 2014, a alta havia sido de 20%. No grupo "outras receitas", que inclui a loja de aplicativos Google Play e aparelhos como o Chromecast, o ganho foi de US$ 1,95 bilhão ao Google, uma alta de 19% no quarto trimestre (no período imediatamente anterior, a alta havia sido de 50%).

Um dos fatores para esse cenário de desaceleração é o custo por clique, ou seja, quanto os anunciantes pagam pelo tráfego em seus sites gerado a partir do Google, que caiu cerca de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso acontece principalmente por causa da competição com empresas como o Facebook no mercado de dispositivos móveis (tablets e celulares). Com a disputa por anunciantes entre as plataformas, as taxas ficam menores.

Apesar de as companhias estarem pagando menos por cada clique, a receita do Google com esse tipo anúncio cresceu 14% no quarto trimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Patrick Pichette, diretor de finanças do Google, citou também a influência do câmbio, com alta do dólar, sobre o resultado da companhia. Se as cotações das moedas internacionais tivessem ficado constantes entre o terceiro e o quarto trimestres de 2014, as receitas teriam sido US$ 541 milhões mais altas, diz.

Outras empresas, como a Microsoft, também reclamaram do dólar forte ao apresentar os resultados do quarto trimestre do ano passado.


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