Folha de S. Paulo


Lançamento do iPhone no Brasil foi 'melhor que o esperado', dizem lojas

A chegada do iPhone 6 e do iPhone 6 Plus, novos smartphones da Apple, aconteceu com filas menores que nas edições passadas no Rio de Janeiro e em São Paulo na madrugada entre quinta (13) e esta sexta (14). Mesmo assim, empresas disseram que foi o lançamento mais bem-sucedido de um aparelho da marca no país.

Segundo a Fnac, uma das redes que abriram à 0h para a chegada dos aparelhos, a venda "superou as expectativas" e teve menos filas porque houve mais pontos de venda disponíveis.

As lojas da rede francesa no país aceitaram pela primeira vez celulares e tablets usados como parte do pagamento. Cerca de metade dos primeiros compradores da nova geração de iPhones levaram um modelo antigo, diz a empresa.

A Brightstar, responsável pelo serviço de remanejo dos usados, disse que, nesse primeiro dia de vendas, comprou cerca de 1.500 celulares antigos, em sua maioria iPhones, nesse programa de troca por um telefone novo da Apple.

Houve "raras exceções" de venda de smartphones Galaxy, da Samsung, segundo a assessoria de imprensa da companhia americana, o que indica um índice baixo de "migração" entre sistemas operacionais, ao menos nesses casos.

A empresa –que também é parceira das redes iPlace e Mystore na recompra de usados de clientes– diz que paga a partir de R$ 110 pelos celulares.

O iPhone 4S vale cerca de R$ 1.200 se estiver em pleno estado de conservação, e o iPhone 5s, R$ 1.500, o valor mais alto possível.

RESULTADO

Segundo Germano Grings, vice-presidente do grupo Herval (das lojas iPlace e Mystore), a importância no faturamento da chegada dos novos iPhones é "assombrosa", e que o primeiro dia de vendas passou de 1.000 unidades nas cinco lojas que abriram na madrugada e nas outras 87 do grupo.

"Já entramos nos milhares", disse, em entrevista na noite desta sexta. "Vamos fechar o final de semana com números bastante bons, ainda temos sábado e domingo. Foi bem acima em unidades do que tivemos com o iPhone 5s, por exemplo."

O executivo ressalta que o maior número de lojas do grupo neste ano em relação aos anteriores ajudou no resultado do primeiro dia. Além disso, diz, "o preço, maior por causa do dólar, que infelizmente subiu muito, ajuda também em questão de números [faturamento]."

As operadoras Claro, Oi, Tim e Vivo, além das redes Fast Shop, Fnac e iPlace tiveram eventos de lançamento, alguns com coquetel e celebridades, num total de ao menos 15 pontos na capital paulista e de outros 23 em outras cidades do país.

Sem divulgar números, a Claro afirmou que o lançamento durante a madrugada "superou as expectativas da companhia". Sozinha, abriu 16 lojas à 0h.

Para João Truran, diretor comercial da regional São Paulo da Vivo, as filas no lançamento foram menores neste ano porque as lojas se preparam melhor. "Agendamos atendimentos, fizemos parte das pré-vendas pelo site para diminuir o tempo que eles passariam na fila."

APPLE

As empresas de telefonia vendem os aparelhos pelos mesmos preços da Apple (entre R$ 3.199 e R$ 4.399), que tem sua única loja física no Brasil situada no shopping carioca Village Mall que abriu no horário normal, às 11h.

Quando da abertura da Apple Store, também havia pequenas filas. A maior parte dos consumidores estava lá para buscar um iPhone comprado durante a pré-venda, iniciada uma semana antes do lançamento, no dia 7.

A Folha apurou que a Apple vem dando maior importância para o mercado brasileiro, e que trouxe desta vez um número bastante superior dos novos smartphones, o que contribuiu para um lançamento melhor.

Uma evidência disso seria a possibilidade de revendedores fazerem a pré-venda, além da própria Apple, o que aconteceu pela primeira vez.

Contatada, a assessoria de imprensa da empresa californiana não respondeu.

Colaboraram DOUGLAS GRAVAS, de São Paulo, e FILIPE DE OLIVEIRA, do Rio


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