A receita da operação brasileira da divisão de dispositivos móveis da Sony quadruplicou no ano passado, enquanto o segmento enfrenta dificuldades para lucrar em outros países.
Segundo o presidente da Sony Mobile no Brasil, Ricardo Junqueira, em 2013 as receitas da operação no país mais do que quadruplicaram em comparação com 2012, graças ao crescimento das vendas de smartphones no Brasil.
"No ano passado, a operação brasileira passou a ter importância grande [dentro da empresa]", disse.
Segundo o executivo, isso permitiu lançar no país modelos até então restritos ao exterior.
"Conseguimos trazer uma linha de produtos na faixa de preços que antes não atingíamos, com aparelhos de entrada a R$ 499", afirmou Junqueira, lembrando que os mais sofisticados podem chegar a R$ 2,6 mil.
Para ampliar sua fatia no Brasil, a empresa está apostando em smartphones mais simples à prova d'água –como o Xperia M2 Aqua, primeiro aparelho intermediário com essa capacidade.
Além disso, a companhia ampliou seu portfólio de celulares produzidos no Brasil. Segundo Junqueira, a fábrica que a Sony tinha no país não conseguiu acompanhar o aumento da demanda. "Abrimos a segunda fábrica em janeiro no interior de São Paulo", disse o executivo.
Apesar do avanço em mercados como o Brasil, a divisão de dispositivos da Sony vem enfrentando dificuldades no mundo, e a empresa alertou em julho que não espera lucrar com smartphones neste ano.
Segundo ranking da consultoria Teleco, com base em dados da IDC, a Sony não está entre as oito maiores do mercado global de smartphones.