Folha de S. Paulo


Milhares assinam carta em favor de tolerância na comunidade gamer

Mais de 2.500 desenvolvedores e distribuidores de jogos eletrônicos, além de universitários, assinaram nesta terça-feira (2) uma carta aberta que busca acabar com o assédio e as ameaças envolvendo a comunidade gamer.

"Acreditamos que todo mundo, independente de gênero, orientação sexual, etnia, religião ou deficiência, tem direito a jogar videogames, criticá-los e produzi-los sem ser assediado ou ameaçado", escreveu o desenvolvedor independente Andreas Zecher, criador da carta. "É a diversidade de nossa comunidade que permite aos jogos florescer."

Representantes de Sony, Microsoft, Electronic Arts, Bioware (de "Mass Effect" e "Dragon Age"), Ubisoft Montreal (de "Assassin's Creed") e Crystal Dynamics (de "Tomb Raider"), entre outras empresas, assinaram a carta.

Zecher pede para as pessoas denunciarem ameaças encontradas na internet e se posicionarem publicamente contra discursos de ódio ou abuso, a fim de "tornarem a comunidade de games um lugar mais agradável".

Reprodução
Anita Sarkeesian em vídeo sobre a mulher como elemento de decoração nos games
A feminista Anita Sarkeesian em vídeo sobre a mulher como elemento de decoração nos games

A carta segue os recentes ataques sofridos pela feminista Anita Sarkeesian, famosa por criticar os estereótipos femininos nos videogames em seu canal no YouTube.

Depois de divulgar seu último vídeo, desconstruindo o tropo de mulher como elemento de decoração, Sarkeesian relatou no Twitter que ela e sua família haviam sido alvos de "algumas ameaças bem assustadoras". Ela contou que precisou sair de casa por um tempo por segurança.

O assédio on-line em grande escala partindo da comunidade gamer é um fardo na vida de Sarkeesian desde que ela arrecadou US$ 150 mil num site de financiamento coletivo para lançar sua série de críticas de jogos, chamada "Tropes vs. Women in Video Games".


Endereço da página:

Links no texto: