Folha de S. Paulo


Hackers chineses roubam dados de 4,5 milhões de pacientes dos EUA

Pelo menos 4,5 milhões de pacientes de 200 hospitais dos Estados Unidos foram vítimas de um ataque cibernético de hackers chineses que tiveram acesso à informação pessoal dos doentes de maneira ilegal.

A informação foi confirmada nesta terça-feira (19) pela Community Health Systems, que opera 206 hospitais em 29 estados, a maioria em áreas rurais do sudeste do país, que assegura ter sofrido um ataque do grupo "Ameaça Persistente Avançada", que opera da China.

O ataque aconteceu entre abril e junho deste ano e os hackers levaram informação não relacionada com o expediente médico de 4,5 milhões de pessoas que nos últimos cinco anos foram atendidos por médicos filiados à empresa.

Segundo a emissora financeira "CNBC", a primeira vez que se falou do grupo "Ameaça Persistente Avançada" foi no ano passado em um relatório da empresa de consultoria Mandiant que descreve o grupo como uma unidade secreta do exército chinês.

Uma vez que detectou o ataque, a Community Health Systems contratou os serviços da Mandiant para investigar os ataques, embora não esteja claro se a empresa de segurança informática acredite que foram realizados por essa unidade do exército chinês.

A Mandiant publicou no ano passado um relatório no qual assegurava ter localizado a origem de ataques a 141 entidades de todo o mundo em um edifício nos arredores de Xangai, onde opera a "unidade 61398" do exército chinês.

Em fevereiro deste ano, o governo americano acusou cinco militares chineses dessa unidade secreta de hackers pela espionagem industrial sobre empresas americanas com a intenção de ajudar os concorrentes do país asiático.

No entanto, o Ministério das Relações Exteriores chinês assegurou que "o governo, o exército e seu pessoal nunca se envolveram nem participaram de roubos cibernéticos de segredos comerciais", motivo pelo qual essas acusações "carecem de fundamento e são absurdas".


Endereço da página: