Folha de S. Paulo


Antes 'central de entretenimento', Xbox One volta-se ao público gamer

O Xbox One vive uma crise de identidade. Anunciado como uma "central única de entretenimento", o console está, cada vez mais, se direcionado para o jogador hardcore, mesmo foco do rival PlayStation 4, da Sony.

No mês passado a Microsoft anunciou a venda do Xbox One sem o Kinect, sensor de movimentos da companhia. Em entrevista à Folha, Yusuf Medhi, chefe de marketing e estratégia de Xbox, explicou a decisão.

"Queremos dar escolha ao jogador. Escutamos sugestões dos usuários e conversamos com os desenvolvedores e decidimos que a melhor decisão seria oferecer o Xbox One a um preço mais baixo para quem não quiser o Kinect", diz Medhi.

Nos EUA, o custo do Xbox One sem o Kinect é de US$ 399, mesmo preço do PS4. No Brasil, passa a ser R$ 1.999 –R$ 2.199 com o sensor.

"Esperamos que isso aumente as vendas e, se o jogador se interessar pelo Kinect, que compre separadamente pela qualidade que ele agrega ao console", completa o executivo.

Não é a primeira vez que a Microsoft volta atrás em decisões importantes sobre o Xbox One. A empresa também desistiu do bloqueio a jogos usados e a necessidade de conexão permanente à internet, alvo de reclamações de muitos jogadores.

Sobre a experiência completa do Xbox One, que inclui a pesquisa na web enquanto o usuário vê TV, o executivo diz não ter data para chegar ao Brasil. "Estamos trabalhando para lançar todas as funções nos países que já receberam o Xbox One, mas ainda não sabemos dizer quando."

REALIDADE VIRTUAL

Questionado sobre rumores que envolvem o lançamento de um relógio inteligente ou mesmo de um óculos de realidade virtual para o Xbox nos moldes do Oculus Rift ou o próprio Morpheus, da Sony, Medhi diz que a companhia acompanha de perto o tema, mas que não há planos para compartilhar.

"Nós estamos prestando atenção neste movimento de realidade virtual com muito interesse, claro. Mas não temos nada a dizer sobre o tema agora."


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