Folha de S. Paulo


Com maioria de funcionários homens e brancos, Google admite problema de diversidade

Depois de ser alvo de protestos por maior transparência, o Google revelou na quinta-feira (29), pela primeira vez na história da companhia, informações sobre a diversidade étnica e de gênero de seus funcionários.

O relatório divulgado mostra que, assim como costuma acontecer na indústria de tecnologia no geral, mulheres e minorias tem pouquíssima representação na companhia. Do total de empregados em todo o mundo, 70% são homens. Nos Estados Unidos, brancos respondem por 61% da mão-de-obra.

A diferença de gênero é ainda maior quando considerados engenheiros e programadores – só 17% são mulheres. O número reduzido de funcionárias também se repete em cargos de direção: apenas 21% dos executivos são do sexo feminino.

Em termos de composição étnica, os dados divulgados só abrangem os empregados do Google nos EUA. Dentre eles, 2% são negros e 3%, hispânicos. Enquanto isso, asiáticos correspondem a 30% da mão-de-obra, ainda assim, 31 pontos percentuais atrás de brancos.

Reprodução/Google
Dados sobre diversidade do Google mostram que mulheres e minorias tem pouquíssima representação na empresa
Dados do Google mostram que mulheres e minorias tem pouquíssima representação na empresa

Num post no blog oficial do Google, o vice-presidente sênior para recursos humanos Laszlo Bock admitiu que a empresa está "muito distante de onde quer estar" quando assunto é diversidade.

Durante anos, o Google se negou a divulgar esses dados. O compromisso só foi feito após protestos de grupos que acusavam a companhia de não contratar pessoas suficientes que pertencessem a minorias, como negros e hispânicos.

"Sempre fomos relutantes em publicar esse números. Agora percebemos que estávamos errados, e que é hora de sermos francos sobre esses problemas", escreveu Bock.


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