Folha de S. Paulo


Após acusações de homofobia, presidente da Mozilla renuncia

Divulgação/Mozilla
Brendan Eich, nomeado presidente-executivo da Mozilla no último dia 25
Brendan Eich, nomeado presidente-executivo da Mozilla no último dia 25

O presidente da Mozilla – companhia que desenvolve o navegador Firefox– Brendan Eich, pediu renúncia nesta quinta-feira (3), após controvérsia envolvendo sua nomeação ao cargo no último dia 25.

Funcionários da empresa e o site de encontros OKCupid acusavam Eich de ser homofóbico –em 2008, ele doou U$S 1.000 para um projeto de emenda constitucional que bania o casamento gay na Califórnia.

A decisão foi anunciada hoje no blog da Mozilla. "Nós sabemos por que as pessoas estão sentidas e bravas, e elas estão certas: é porque nós não fomos verdadeiros com nós mesmos", escreveu a presidente do conselho da Mozilla Mitchell Baker.

"A Mozilla acredita em igualdade e liberdade de expressão. Igualdade é necessária para um diálogo significativo. E você precisa da liberdade de expressão para lutar pela igualdade. Descobrir como lutar pelos dois valores ao mesmo tempo pode ser difícil", disse.

A doação feita por Eich foi descoberta em 2012, quando era diretor de tecnologia da Mozilla, mas a polêmica tomou proporções maiores quando foi escolhido para presidir a empresa.

Em entrevista ao site "Re/code", Baker disse ainda que a polêmica comprometeria o desempenho da Eich em seu cargo. "A habilidade de liderar –particularmente para um presidente– é fundamental e não era mais possível aqui", disse.

Eich presidia a Mozilla Coporation, subsidiária (com fins lucrativos) da Fundação Mozilla, entidade de software livre e sem fins lucrativos. Segundo o "Re/code", Brendan Eich também renunciou a seu posto no conselho da fundação.

A empresa disse não saber quem ocupará o cargo de Eich.


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