Folha de S. Paulo


Serviços oferecem e-books em 'pílulas' para quem não tem tempo de ler

Se por um lado a tecnologia pode ajudar quem quer ler mais rápido, por outro ela afoga internautas com o fluxo perpétuo de informação. Mas alguns novos serviços e aplicativos querem "salvar" a leitura aprofundada.

"Meus amigos queixavam-se para mim com muita frequência sobre não ter tempo para ler algo mais longo que um blog ou alguns tuítes", diz à Folha Yael Goldstein, diretor editorial do Rooster, app de e-books em inglês "seriais" lançado neste mês.

A ideia do aplicativo, para iPhone, é segmentar todo mês um romance clássico e um contemporâneo em blocos editados para serem lidos em até 15 minutos. Eles chegam ao celular do assinante (US$ 5, cerca de R$ 12, mensais), em horários programados –como um folhetim ou uma série de TV.

"Achamos que o Rooster pode mudar a vida de pessoas que gostam de ler e que acabaram deixando o hábito de lado. Assim como joguinhos de celular criaram um enorme público de 'gamers' casuais, o aplicativo pode gerar uma nova população de leitores casuais", diz.

O lançamento do Rooster foi encorajado pelo sucesso do DailyLit, da mesma empresa, que envia um naco de ficção ou não ficção todos os dias para o e-mail do usuário. Há títulos pagos e gratuitos.

Outro serviço recente, o alemão Blinkist, resume o que diz serem "as mais importantes obras de não ficção da atualidade" para conteúdo feito para ler durante até 15 minutos. Há 20 novos títulos (em inglês) todo mês, e o usuário paga € 3 (R$ 9,65).

A ideia é semelhante à do popular getAbstract, focado em economia, e à do literário My Harvard Classics, da universidade americana, que promete "todos os elementos de uma educação liberal" com 15 minutos de leitura diários, ou 90 horas no total –custa US$ 45 (R$ 105) por ano, mas há volumes grátis (veja em myharvardclassics.com).

Os maiores expoentes do modelo de e-books por assinatura são o Oyster, indisponível no Brasil, e o Scribd.

Editoria de arte/Folhapress

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