Folha de S. Paulo


'Caixa eletrônico' de bitcoin movimenta R$ 4 mil em quatro dias

O terminal que troca cédulas de real por bitcoins instalado na Campus Party 2014 movimentou R$ 4 mil em quatro dias. De acordo com a empresa que importou a máquina, Mercado Bitcoin, foram feitas 140 transações na máquina, com um valor médio de troca de R$ 28 por usuário.

Esta foi a primeira vez que uma máquina desse entrou em operação na América Latina.

O terminal funciona de forma bastante simples e semelhante a um caixa eletrônico. O usuário coloca no leitor da máquina o QR Code correspondente à sua carteira digital de bitcoins. Após a leitura, a máquina informa a cotação da moeda e são inseridas as cédulas de reais que se deseja trocar.

Zanone Fraissat/Folhapress
A empresa Mercado Bitcoin instalou um
A empresa Mercado Bitcoin instalou um "caixa eletrônico" da moeda virtual na Campus Party

Segundo o chefe-executivo da Mercado Bitcoin, Rodrigo Batista, o movimento no estande foi bastante alto e o público se mostrou bastante curioso sobre a moeda, apesar de saber pouco sobre o bitcoin.

"Eu diria que metade do público conseguiu sair sabendo o que é bitcoin, mas é um conceito ainda bem complexo, foi assim comigo quando ouvi falar pela primeira vez. A maioria das pessoas que pararam no quiosque não sabiam do que se tratava. Eu vejo isso como positivo porque indica que há muito espaço para a tecnologia se desenvolver."

De acordo com a empresa, o "caixa eletrônico" de bitcoins deve estar disponível ao público num local de grande circulação de São Paulo a partir de abril.

O terminal de bitcoins foi produzido pela empresa Lamassu e fabricado em Portugal.

O bitcoin é a primeira moeda digital em operação no mundo. Ela foi criada em 2009, por um anônimo, com o propósito de tornar o mercado financeiro mais aberto e descentralizado. Não há nenhum banco central responsável pelo controle do câmbio, o monitoramento é feito por computadores na rede.

Todo usuário de bitcoin é anônimo e com isso, a moeda já foi utilizada para vários tipos de fins. O Wikileaks, por exemplo, já usou o bitcoin para contornar bloqueios financeiros feitos pelos EUA.


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