Folha de S. Paulo


Software livre não é difícil de usar, dizem entusiastas

Debatedores da Campus Party voltaram a defender o uso de software livre no país como resposta à espionagem digital e classificaram como "mito" que a ideia de que ele é complicado de usar.

"Meu pai, que é idoso, usava Windows e tinha que formatar o computador a cada três meses. Hoje, usa Linux e faz tudo o que precisa.", disse o especialista em segurança digital Gilberto Sudre.

"Não adianta exigir medidas de segurança e usar Windows, usar Apple", disse Sudre.

Para o militante Anahuac de Paula Gil, o estranhamento causado pelo software livre é uma questão de costume. "Ninguém nasce sabendo dirigir carro, mas as pessoas aprendem. Com computador é a mesma coisa, [dizer o contrário] é só marketing".

Já o advogado Gustavo Martinelli admitiu que desenvolvedores de programas de código aberto "esquecem" da facilidade de uso, mas ponderou que "empresas privadas têm muito mais dinheiro para investir em usabilidade.

SOFTWARE LIVRE

O software de código aberto é apontado por especialistas como uma das soluções para espionagem porque permite que seu código seja fiscalizado e melhorado pela comunidade de desenvolvedores.

Já o software proprietário, de código fechado, estaria sujeito ao interesse das empresas que o desenvolvem, e permitiria que fossem criadas "portas de acesso" aos dados que passam pelos sistemas.

No ano passado, o ex-analista da NSA Edward Snowden acusou empresas de tecnologia de criar tais portas para o governo americano.


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