Folha de S. Paulo


Empresa lança segunda versão de impressora 3D brasileira

A segunda edição da impressora 3D brasileira Metamáquina foi lançada durante o 14º Fórum Internacional Software Livre, em Porto Alegre. O aparelho será vendido por R$ 3.700.

A impressora produz materiais de plástico usando rolos de filamento de amido de milho ou petróleo, que são vendidos separadamente por R$ 150 por quilo e têm aproveitamento de "quase 100% do material".

A Metamáquina 2, como é chamada, pode ser operada por meio de qualquer software de modelagem 3D, e usa hardware baseado na tecnologia Arduino (plataforma de prototipagem eletrônica).

Os sócios da empresa Felipe Moura, Felipe Sanches e Rodrigo Rodrigues da Silva, ativistas do software e hardware livre, disponibilizaram o projeto on-line.

Lucas Agrela
Felipe Sanches, diretor de desenvolvimento, e a impressora 3D Metamáquina 2
Felipe Sanches, diretor de desenvolvimento, e a impressora 3D Metamáquina 2

"Qualquer pessoa pode pegar o projeto e montar a impressora 3D", afirmou Felipe Sanches, diretor de desenvolvimento e sócio da empresa em entrevista à Folha. "Montamos a primeira versão da Metamáquina por hobby e, então, resolvemos comercializá-la."

O foco do produto são universidades, escolas, empresas de arquitetura e engenharia.

O primeiro modelo da Metamáquina, lançado no ano passado com verba arrecadada por "crowdfunding" (financiamento coletivo), já foi retirado do mercado.

Perguntado sobre os riscos oferecidos pela possibilidade da produção de armas em impressoras 3D, Sanches foi enfático ao refutá-los. "Não cabe aos fabricantes restringir o que será produzido pelas impressoras 3D. É mais fácil matar alguém com uma faca", declarou o diretor de desenvolvimento.

O jornalista LUCAS AGRELA viajou a convite do Fórum Internacional de Software Livre


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