Folha de S. Paulo


Com preço acessível, uso de drone 'civil' cresce, mas exige cautela

Os drones, ou Vants (veículos aéreos não tripulados), estão crescendo em popularidade não só entre forças armadas, mas também entre pessoas comuns. Seu uso, contudo, exige cuidados semelhantes ao do aeromodelismo para acidentes serem evitados, segundo profissionais que usam a ferramenta.

"Tem muita gente comprando drones hoje e que acaba fazendo coisas perigosas, como voar sobre pessoas", diz Eric Bergeric, diretor da empresa idrone.tv, que faz filmagens aéreas com veículos que ele mesmo constrói. "Imagina se um equipamento de 5 kg cai na cabeça de alguém. É um perigo", diz.

O fotógrafo diz que resolveu fabricar seus próprios drones para contornar o alto custo do aluguel de helicópteros tripulados para fazer imagens de vista superior. O preço total dos componentes de um dos veículos que criou, contudo, não é baixo: cerca de R$ 15 mil.

Luis Neto, dono da produtora GoCam, usa drones comprados prontos, como o S800, da Dji Innovations (R$ 4.900). É aeromodelista por hobby e diz que um dos caminhos para começar a pilotar um drone com menos risco é fazer um curso de aeromodelismo em um clube, mas que também é possível aprender por conta própria.

"É preciso ter bastante prática e prestar atenção a detalhes como a carga da bateria e peculiaridades do local."

Nos protestos da semana passada, Neto foi o responsável pelas imagens aéreas feitas por drones para a Folha.

Assista ao vídeo

Em uma estimativa conservadora, um levantamento feito pelo site G1 em março concluiu que há, pelo menos, 200 drones voando no país.

Basta fazer uma busca em um site de compras brasileiro para encontrar diversos modelos completos, cujos valores variam de cerca de R$ 400 a R$ 15 mil, e kits ou peças para fabricação própria.

Um dos modelos mais populares, o AR.Drone, da francesa Parrot, custa R$ 1.500 no Brasil. Seu sucessor, o AR.Drone 2.0, é comercializado nos EUA por US$ 300 (cerca de R$ 680).


Endereço da página:

Links no texto: