Folha de S. Paulo


Google encerra Reader nesta segunda; conheça alternativas

Nesta segunda-feira (1º), o Google Reader chega ao fim. Segundo a empresa, o consumo de notícias por meio de dispositivos móveis tornou obsoleto o formato de serviços que agregam conteúdo de sites.

Vários usuários lamentaram a decisão, mas todos foram ignorados pelo Google. Então, chegou a hora de escolher um substituto.

Nenhuma das opções vai satisfazer completamente o fã do Google Reader, mas dá para chegar perto. O Feedly é quem tem a preferência da maioria dos "órfãos". Desde março, ganhou 8 milhões de usuários e chegou a 12 milhões de cadastrados.

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O Feedly lembra serviços de revistas digitais personalizadas, como Zite e Pulse, mas, com algumas alterações nas configurações, fica parecido com o Google Reader.

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Feedly : É o que chega mais perto das funcionalidades do Google Reader. Porém, no primeiro contato, o visual dele lembra mais o de serviços de revistas digitais, como o Flipboard. Épreciso mexer bastante nas configurações para que fique com a aparência do serviço do Google

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Já o Old Reader apresenta o visual espartano do agregador do Google. Sua proposta é emular o funcionamento do Reader antes das modificações feitas em 2011. Ele tem até a função "compartilhar", cuja descontinuação causou descontentamento na época.

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Old Reader : A proposta dele é encarnar a versão anterior do Google Reader, que sofreu modificações em 2011. O visual espartano e a presençada função compartilhar (ausente há dois anos)devem agradar os fãs radicionalistas do leitor de RSS. Porém, ele é lento e não conta também com a função de tags

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Há opções pagas como o NewsBlur, que cobra US$ 2 por mês. Ele tem uma modalidade gratuita, mas que permite apenas 64 assinaturas de sites. Além disso, o número de contas gratuitas é restrito - até a conclusão da reportagem, duas mil pessoas aguardavam um convite.

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Newsblur : Ele salva as preferências do usuário por meio de uma função que detecta os posts que ele gostou ou não. O serviço, porém, tem um número limitado de contas gratuitas, e você é obrigado a esperar em uma fila virtual. A modalidade gratuita também só permite a assinatura de 64 sites

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Outra opção é o NetVibes. Com planos de até 499 euros, ele é mais voltado para empresas, mas sua versão gratuita oferece alto grau de personalização e permite, por exemplo, incluir o conteúdo do Twitter e do Facebook.

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*NETVIBES*: Todo emperequetado, é uma viúva Porcina dos leitores RSS. Tem muitas funções de personalização e um visual pesado, que distraem no primeiro encontro. Mas, no fundo, ele pode funcionar como o Google Reader. Só faltaram as tags
NetVibes : Todo emperequetado, é uma viúva Porcina dos leitores RSS. Tem muitas funções de personalização e um visual pesado, que distraem no primeiro encontro. Mas, no fundo, ele pode funcionar como o Google Reader. Só faltaram as tags

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MAIS OPÇÕES

Outras empresas também estão se mexendo para preencher o vácuo. Nesta quarta-feira (26), o Digg, serviço de favoritos, lançará o seu leitor de RSS.

A empresa promete uma cópia do Google Reader. "Nós simplesmente andamos sobre o defunto", disse o diretor geral do Digg Jake Levine.

Especula-se que o Facebook também possa lançar algo. Um desenvolvedor escocês encontrou no site linhas de código que indicam que algo do tipo pode estar sendo criado. O Facebook não comentou o assunto.

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VEJA COMO MUDAR

Para migrar do Google Reader para uma alternativa, é preciso criar um arquivo com as configurações pessoais (o que inclui as "assinaturas") usando a página Takeout, da própria empresa.

  1. Após acessar o Takeout, clique na opção de criar um arquivo.
  2. Depois de o serviço "fazer suas malas", clique em "download".
  3. Dentro do arquivo.ZIP gerado, haverá uma pasta, dentro da qual estará o arquivo "subscriptions.xml", que contém as assinaturas.
  4. No novo serviço de escolha, selecione a função que importa assinaturas externas. Tal opção pode se encontrar em um menu principal ou nas configurações. Aponte para o arquivo "subscriptions.xml". Isso deve bastar.

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