Folha de S. Paulo


Aplicativo para iPhone ajuda a encontrar pessoas atraentes nas redondezas

"Toda vez que eu estou em um jantar ou em um evento social ou empresarial, as pessoas estão falando sobre o Tinder, disse Erica Berman, 28, uma planejadora de eventos em Manhattan, que diz usar o aplicativo várias vezes ao dia.

Berman não está sozinha. A tecnologia atingiu um novo nível de superficialidade, e as pessoas de 20 e poucos anos de Nova York estão abraçando-a a toda velocidade.

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Tinder, aplicativo de iPhone para encontrar pessoas atraentes nas redondezas
Tinder, aplicativo de iPhone para encontrar pessoas atraentes nas redondezas

Introduzido em campi universitários, em setembro do ano passado, o Tinder foca o aspecto mais superficial dos encontros. Depois de baixarem o aplicativo e selecionarem seu sexo, sua localização e se gostam de homens ou mulheres (ou ambos), os usuários navegam por uma pilha de fotos de perfil (deslizar para a esquerda quer dizer "não"; para a direita, "curti"), com base em pouco mais do que a aparência da pessoa. Se dois usuários "curtem" um ao outro, eles podem continuar a ter uma conversa on-line.

O Tinder tem sido comparado ao Hot or Not, site de classificação de fotos outrora popular, agora reinventado na era do Facebook. O aplicativo, inclusive, está vinculado à conta do Facebook de um usuário, puxando automaticamente o perfil de uma pessoa, suas fotografias e seus amigos em comum.

"Você não tem que preencher um perfil, você não tem que colocar informações --você só tem que gostar da aparência de alguém", disse Anne Ryan, um gerente de projeto de 23 anos de idade, no West Village, que foi apresentado ao Tinder durante um brunch. "Além disso, se eu acho que alguém não é bonito, ou se acham que eu não sou bonita, ninguém nunca descobre."

Incomum para um aplicativo de encontros, o Tinder agrada a homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais. Isso foi de propósito.

"Independentemente da preferência, o Tinder soluciona uma necessidade humana básica, que é a de conhecer e se relacionar com pessoas novas", disse Sean Rad, 26, que fundou o Tinder com Justin Mateen, também 26. "No mundo real, você vê o rosto de alguém e decide se tem uma atração por ele."

Nos sete meses desde que o Tinder foi liberado para usuários do iPhone, o aplicativo já registrou 2,4 bilhões de avaliações de perfil e 21 milhões de atrações correspondidas, disse Mateen, um empreendedor de alta tecnologia que vive em Los Angeles.

Para aqueles que criticam o aplicativo por priorizar aparência sobre compatibilidade, Mateen observou que "cerca de 70% dos interesses mútuos resultaram em uma conversa de duas vias". Além disso, segundo ele, a empresa recebeu seis vídeos de casais que se conheceram no Tinder e agora estão namorando.

Rad e Mateen não são apenas os fundadores do Tinder; são também usuários.

"Justin conheceu no Tinder a garota que está namorando a sério", disse Rad sobre o seu cofundador. "Ele está envergonhado de dizer a parte séria."


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