Vista de cima, Fernando de Noronha parece uma ilha como outra qualquer no oceano Atlântico. Vista de baixo, é bem mais bonita. O arquipélago que se vê ali é, na verdade, o topo de uma cordilheira submarina de origem vulcânica.
É o único sítio marinho brasileiro apontado pelo programa da Unesco chamado "World Heritage", que escolhe locais com patrimônios "culturais ou naturais de valores universais marcantes" para proteger.
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"São lugares insubstituíveis, que devemos preservar para as futuras gerações", diz a pesquisadora belga Fanny Douvere, da Unesco, que visitou Noronha pela primeira vez no mês passado. Fanny é uma das responsáveis pelo segmento marítimo do programa.
Em Noronha, a tal herança natural marcante acontece, especialmente, embaixo d'água. É considerado um dos melhores lugares do mundo para o mergulho por conta da temperatura da água, que gira em torno de 24°C o ano inteiro, aliada à natureza preservada e rica do fundo do mar.
As profundidades dos mergulhos variam entre seis e 50 metros, e é possível ver cerca de 230 espécies de peixes, 15 de corais, mais de dez tipos de tubarões, além de animais como a cobra-de-duas-cabeças ou o golfinho-rotador.
O projeto tem apoio da marca suíça de relógios Jaeger-LeCoultre. O interesse da grife é a defesa de pontos marítimos importantes para o mundo, de parques glaciares no Alasca até a Grande
Barreira de Corais da Austrália. Entre eles, é claro, Fernando de Noronha.