A Folha realiza no dia 27 de novembro o primeiro seminário O Futuro da Amazônia, em Manaus. Os debates, que contarão com a presença de especialistas e governantes da região, vão abordar temas caros à manutenção e bom uso dos recursos da maior floresta tropical do mundo.
Com uma das maiores biodiversidades do planeta, um dos desafios para a Amazônia é extrair matéria-prima com geração de renda suficiente para os moradores locais e o menor impacto ecológico possível.
Para especialistas, uma das soluções é o desenvolvimento da pesquisa científica na região, que deve apontar as melhores práticas de extrativismo sustentável, além de descortinar riquezas ainda desconhecidas ali.
O rápido crescimento urbano gerou municípios que não conseguem acompanhar as demandas por serviços públicos e sociais e por manejo ambiental adequado criadas pela transformação.
Mais da metade da população de Belém, por exemplo, está vulnerável a inundações, que trazem lixo e esgoto. Quase a totalidade do esgoto e boa parte do lixo gerado nas mais de 700 cidades da região da Amazônia vão para os rios.
O turismo, que pode atrair mais investimentos e fomentar a conservação desse ecossistema, ainda é pouco explorado, segundo levantamentos de empresas especializadas. O potencial para desenvolver estrutura e receber mais visitantes também será tema de um dos debates do seminário.
A Zona Franca de Manaus, que completa meio século de existência neste ano, é também motivo de controvérsias. Os benefícios fiscais foram estendidos até 2073, mas críticos da política sustentam que os 50 anos iniciais já deveriam ter sido suficientes para a indústria local se estruturar e andar sozinha.
O evento, que tem o patrocínio da Manaus Ambiental e Manaus Luz, acontece a partir das 8h, no Teatro Manauara (Av. Mário Ypiranga, 1.300 - Santo Antônio). As inscrições são gratuitas.