Folha de S. Paulo


Em SE, grupo pleiteia mais democracia na escolha de diretores de escolas

O estudante de letras Antônio Cardoso, 21, mora em Nossa Senhora das Dores, município com 26 mil habitantes, a 70 quilômetros da capital sergipana. Na campanha eleitoral do ano passado, ele correu atrás dos três candidatos à prefeitura. Carregava um abaixo-assinado, com cerca de 200 assinaturas.

No documento, pedia para o futuro prefeito tornar mais democrático o modelo que define os diretores de escolas públicas municipais.

Conseguiu ser recebido por um dos três candidatos, Doutor Thiago (PMDB), que foi eleito e se comprometeu a levar adiante a demanda.

Herman Tacasey
Caderno Gestão Escolar marionetes de madeira produzidas pelo artista Herman Tacasey Foto: Herman Tacasey DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM

"A indicação política é escancarada em cidade pequena. Tem gente que ajuda na campanha e vai sendo indicada aos cargos. Cada prefeito que entra muda todos os diretores de escolas", afirmou o estudante.

Costa participa do Movimento Mapa Educação, grupo que busca aumentar a participação dos jovens nas políticas educacionais.

EM CURSO

Apesar do compromisso de mudar a forma de escolha dos diretores, a prefeitura de Nossa Senhora das Dores ainda não fez qualquer alteração.

Segundo a secretária municipal de Educação, Silene Lima Sousa Araujo, "é preciso pesquisar mais sobre os modelos existentes".

Neste momento, as diretorias das 22 escolas municipais continuam sendo definidas por indicação. Não há prazo para modificações.

"Temos de entender se a escola está preparada para eleger um diretor", afirma a secretária. Ela diz ainda que em outras redes que partiram para a eleição "teve diretor que ficou com pouco poder de decisão, sem tomar medidas porque não queria contrariar as pessoas que votaram nele.


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