Folha de S. Paulo


Enviar peça para o NE é tão caro quanto para os EUA, diz empresário

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O custo para transportar uma pá de turbina eólica construída em São Paulo para o Nordeste brasileiro é o mesmo do que enviar para os EUA, o triplo da distância.

A informação foi apresentada nesta terça (21) por Marcelo Soares, presidente da Tecsis, empresa que exporta pás para produção de energia eólica, durante a abertura do segundo dia do Fórum Economia Limpa, promovido pela Folha e Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade).

A companhia faz suas peças em Sorocaba (SP) e as envia para cidades do interior do Nordeste e para Houston, nos EUA, entre outras localidades.

As más condições de transporte no Brasil e a alta tributação fazem com que o custo da logística fique entre 10% a 15% do preço da peça no país; para os EUA, é de 12%, segundo o presidente da empresa.

"As rodovias são cheias de curvas, algumas são de terra. E há tributação de todo o tipo no caminho", disse Soares. O alto custo de logística é um dos elementos que dificultam a expansão da energia eólica local.

Essas dificuldades ficam mais evidentes considerando que cada pá pode medir até 63 metros –o equivalente a um prédio de cerca de 20 andares.

Segundo Soares, o Brasil "tem os melhores ventos do mundo", pois são constantes e fortes, sem rajadas. Mesmo com essas condições, é apenas o décimo colocado em produção de energia eólica. A liderança é da China, seguida dos Estados Unidos.


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