Folha de S. Paulo


Brasil mistura quatro modelos de saúde; 'não há clareza', diz professor

Apesar da existência de diferentes sistemas internacionais de saúde, o Brasil ainda não definiu qual seguir.

Para o médico Gustavo Gusso, professor da USP, não há um só modelo no qual o Brasil possa se inspirar. "Cada país tem que achar o seu caminho, mas é importante estudar profundamente cada sistema, o que não foi feito na época da criação do SUS."

Segundo ele, hoje há quatro modelos simultâneos no país. Além do privado e do público, há o público com serviço privado financiado pelo Estado e o financiado pelo seguro social. "O Brasil tem uma mistura desses quatro e isso é ruim, não há clareza" diz.

Na opinião da economista Maureen Lewis, que trabalhou no Banco Mundial e é professora da Georgetown (EUA), o setor público brasileiro precisa de mais responsabilidade. Na sua avaliação, as Organizações Sociais de São Paulo são exemplos que podem funcionar.

"Primeiro, o desempenho dos hospitais é bem definido e é parte do contrato com as ONGs. Segundo, os hospitais têm metas de eficiência e qualidade. E há ferramentas para acompanhar o desempenho."

Editoria de arte/Folhapress

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